Os brasileiros já pagaram R$ 100 bilhões em impostos até esta sexta-feira (16), de acordo com a medição do Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). A marca foi atingida por volta das 15h30. A entidade conta os tributos federais, estaduais e municipais pagos desde o primeiro dia deste ano. Em 2014, a marca foi atingida no mesmo dia do ano, 16 de janeiro. O presidente da associação, Rogério Amato, espera que os impostos não aumentem neste ano. "A expectativa é a de que a carga tributária cresça apenas em função da taxa de inflação e do crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]", disse. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já afirmou que o governo pode rever a cobrança de alguns impostos, mas só depois de esgotar outras alternativas para ajustar as contas do país. No site do Impostômetro (www.impostometro.com.br), é possível calcular o que dá para fazer com todo o dinheiro arrecadado. Impostômetro O painel do Impostômetro foi inaugurado em 20 de abril de 2005 e está instalado no prédio da sede da ACSP, no centro de São Paulo. Também pela internet, qualquer cidadão pode acompanhar o total de impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal, de acordo com os Estados e municípios. O sistema informa ainda o total de impostos pagos desde janeiro do ano 2000 e faz estimativas de quanto será pago até dezembro deste ano. (Fonte: UOL) 1% da população mundial detém 50% do PIB do planeta Elite já acumula riqueza equivalente a tudo o que os demais 99% das pessoas detêm (Jamil Chade) A riqueza acumulada por 1% da população mundial será superior a tudo o que os demais possuem. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira, 19, pela entidade Oxfam, às vésperas do Fórum Econômico Mundial de Davos e que justamente reúne a cúpula do planeta. Segundo a entidade, a fortuna de 99% da população mundial será equivalente a tudo o que acumula apenas a nata da sociedade, cerca de 1% do mundo. Para a entidade, a crise econômica mundial que começou em 2008 resultou em uma "explosão da desigualdade". Hoje, uma a cada nove pessoas ainda passa fome no planeta que produz alimentos para três planetas e mais de 1 bilhão de pessoas ganham menos de US$ 1,25 por dia. O que chama a atenção da entidade, porém, é que a concentração de riqueza é cada vez maior. Em 2009, a parcela de 1% mais rica da população mundial acumulava 44% do PIB do planeta. Em 2014, essa taxa chegou a 48% e, em 2016, ela atingirá 50%. Em média, cada pessoa dessa elite do planeta mantém uma renda de US$ 2,7 milhões. Dos demais 52% do PIB global, quase tudo está nas mãos da camada dos 20% mais ricos. O restante da população do mundo - cerca de 80% - precisa dividir 5,5% da riqueza do planeta e acumula uma renda de apenas US$ 3,8 mil. O valor é 700 vezes menor que a renda da elite. Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam, espera usar o encontro de Davos para insistir que a desigualdade social precisa ser alvo dos governos e de líderes do setor privado, alertando para os riscos que essa situação cria na política internacional. Entre as medidas defendidas por ela está um maior rigor fiscal contra multinacionais e mesmo um acordo para o clima. "Queremos mesmo viver em um mundo onde 1% detém mais que todos nós juntos?"questionou. "A escala da desigualdade global é assustadora e, apesar do tema estar na agenda política, a diferença entre pobres e ricos apenas aumenta", atacou. Segundo ela, líderes como Barack Obama e a gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, de fato estão falando cada vez mais sobre o assunto. Mas a Oxfam alerta que pouco tem sido feito além de discursos. (Fonte: Estadão) Com renda comprometida, brasileiros devem evitar dívidas novas em 2015 Este ano, os consumidores evitarão comprar bens de maior valor e a prazo porque estão mais cautelosos e a elevação dos juros restringiu o crédito Os brasileiros contrairão menos débitos novos em 2015, mas enfrentarão aperto para saldar os antigos, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Eles ressaltam que, este ano, os consumidores evitarão comprar bens de maior valor e a prazo, porque estão mais cautelosos e a elevação dos juros restringiu o crédito. Mas, em um primeiro momento, o pé no freio não ajudará a diminuir o comprometimento da renda, pois o nível está elevado, e a renegociação, mais difícil. “As pessoas estão comprando menos. Não se acredita no crescimento da quantidade de pessoas endividadas. Mas fica complicado para quem já está [comprometido com débitos]”, afirma o economista Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec. “Ainda tem um comprometimento alto da renda. Quem conseguiu [renegociar a dívida] em meados do ano passado fez antes de subirem os juros. Quem fizer agora vai repactuar bem mais caro”, acrescenta o economista. A pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre endividamento, divulgada no início de janeiro, corrobora a avaliação de Braga. De acordo com os dados, em 2014, o volume de famílias que tomaram empréstimos caiu em relação a 2013, de 62,5% para 61,9%. No entanto, a parcela da renda comprometida subiu no período, de 29,4% para 30,4%. Outro levantamento, divulgado em dezembro pelo Banco Central (BC), mostra que em outubro o comprometimento da renda em 12 meses atingiu 46,05%. O nível é o maior desde 2005, ano do começo da série histórica. De acordo com Gilberto Braga, para restaurar o equilíbrio financeiro, o consumidor precisará ter muita disciplina. “É preciso que [as pessoas] se disciplinem e não deixem de pagar as parcelas”, recomenda. O economista destaca que será necessário lidar ainda com o cenário adverso da inflação, que contribui para o aperto da renda. “A inflação está resistente, com previsão de [fechar o ano em] 6,6%”, lembrou, referindo-se à estimativa do último boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central com instituições financeiras. O patamar está acima do teto da meta da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é 6,5%. O consultor de varejo Alexandre Ayres, da Neocom Informação Aplicada, afirma que o momento é de retração na aquisição de bens duráveis, como carros e apartamentos, cuja compra é sujeita às condições do crédito. “Há muito pouca perspectiva de retomada”, avalia. Na quinta -feira (15), por exemplo, a Caixa Econômica Federal informou que subirá os juros do financiamento habitacional. Por outro lado, Ayres vê uma breve recuperação no consumo conhecido como de autoindulgência. “É o consumo que as pessoas usam para compensar o fato de não poderem adquirir um bem de maior valor. Por exemplo, não pode financiar um carro, mas compra uma bolsa”, explica. De maneira geral, no entanto, ele vê 2015 como um ano de “arrumação”, mesmo que forçada. “Nenhum consumidor quer fazer alterações no seu padrão de consumo. Mas o dinheiro está acabando. A solução é não comprar mais do que se pode pagar”, orienta. (Fonte: Agência Brasil)
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