A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) fechou na sexta-feira, 25, a venda do complexo turístico Costa do Sauipe, na Bahia, para a Companhia Termas do Rio Quente, de Goiás, pelo valor total de R$ 140,5 milhões. (Renato Carvalho)

O negócio encerra uma longa fase de dificuldades que a Previ enfrentou em relação ao empreendimento, do qual tentava se desfazer há pelo cerca de uma década. Somente até 2010, o investimento da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB já havia investido cerca de R$ 450 milhões no projeto, segundo reportagem publicada pelo Estado da época.

Há cerca de sete anos, algumas ofertas surgiram, como as feitas pela rede espanhola Quail e pelo investidor espanhol Enrique Bañuelos, ambas na casa dos R$ 200 milhões.

Operação 
Enquanto isso, a Fundação de Funcionários do Banco do Brasil mantém ação desde 2008 na Justiça, na qual pleiteia indenização de R$ 242 milhões da Odebrecht por problemas estruturais na construção do projeto.

A empresa, que idealizou e executou o complexo em 1993, deixou a parceria do empreendimento há dois anos. A Previ firmou parceria em 1997 e a obra foi inaugurada em 2000.

A Rio Quente pagará à Previ o equivalente R$ 3,80 por ação ON e PN da Sauipe S.A., controlada pelo fundo de pensão dos funcionários do BB. São 12,3 milhões de ações ON e 24,6 milhões de papéis PNA, que representam 100% do capital social da Sauipe.

Os valores podem sofrer ajustes de acordo com o endividamento líquido e o capital circulante da companhia vendida.

Distante 76 quilômetros de Salvador, o megacomplexo Costa do Sauipe S.A., localizado na bela mas arredia praia de Sauipe, foi anunciado a ser o candidato a destino turístico número um do Brasil. Construído em terreno da Odebrecht e financiado pelo fundo de Previdência Privada do Banco do Brasil (Previ), o Costa do Sauipe consumiu cerca de R$ 340 milhões.

São 176 hectares, por onde se espalham 5 resorts construídos por três das maiores empresas de hotelaria do mundo, seis pousadas, campo de golfe, 15 quadras de tênis, área de lazer com piscinas, lojas, bares e restaurantes.

 

No ano passado, Sauipe teve prejuízo de R$ 29 milhões, 26% maior que o resultado já negativo apurado em 2015. A receita operacional líquida cresceu 3,7% para R$ 198,9 milhões, ao tempo que os custos aumentaram 6% para R$ 199,9 milhões. A taxa de ocupação cresceu 1,5% em relação a 2015, devido à demanda do exterior. (Fonte: Estadão)

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