Presidente acrescentou que, após a aprovação das mudanças na Previdência, pretende fazer uma simplificação tributária

O presidente Michel Temer (ao centro), durante solenidade de assinatura de criação da ZPE do Porto de Açu, ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. - Gabriel de Paiva - Agência O Globo

SÃO JOÃO DA BARRA (RJ) — Em um discurso de cerca de 12 minutos e demonstrando desconforto com o calor, o presidente Michel Temer voltou a defender a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência no início do próximo ano, pois, caso contrário, o país terá que adotar medidas mais radicais. Temer falou durante solenidade da assinatura do decreto que criou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Porto do Açu, no Norte Fluminense. Segundo o presidente, se a reforma não for feita agora, todos os futuros candidatos ao governo e ao congresso terão que tocar no assunto, porque serão cobrados sobre ela.

—Se não fizermos agora a reforma da Previdência, não haverá um candidato a governador, a presidente, a deputado federal ou a senador que não tenha que tocar no assunto. Porque será cobrado a respeito da reforma da previdência. E, quando tiver que fazê-la, terá que fazer uma reforma muito mais radical, do tipo daquelas que ocorreram em estados europeus, em que houve corte de pensão de 20% e 30%, houve corte de vencimentos de servidores públicos. Portanto, quando fazemos agora uma transição na Previdência, estamos adiando esta radicalidade com que se há de fazer a reforma da Previdência mais adiante — destacou Temer.

Segundo o presidente, de tempos em tempos, é necessário se fazer uma reforma da Previdência no país, incluindo a questão da faixa etária, a qual o poder público, segundo ele, não tem como suportar. Temer disse esperar aprovar a Reforma de Previência em fevereiro de 2018, garantindo que ela não prejudica ninguém.

— Ela (a reforma da Previdência) é protetora dos mais pobres em primeiro lugar, e mesmo quando falamos da história dos privilégios. O que é privilégio é quem ganha mais de R$ 5.330, que é o teto do INSS. Quem ganha mais do que isso vai ter que fazer uma previdência complementar. Muito bem, eu ganho R$ 30 mil, tenho que fazer previdência complementar, vou contribuir com R$ 300, R$ 500, R$ 800 por mês e, mais adiante, me aposento. Portanto, em tese, ninguém sofrerá prejuízo, a não ser que tenha como prejuízo não querer desembolsar uma quantia mensal para fazer uma previdência complementar — destacou Temer.

Fonte: O Globo

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