Com crescimento de 3,3% ao ano de 2002 a 2015, o Nordeste, juntamente com Norte, que teve 4,3% de incremento e Centro-Oeste, com 4,1%, foram as regiões que mais aumentaram suas participações no Produto Interno Bruto (PIB). Sudeste e Sul também cresceram, 2,6% e 2,4%, respectivamente, o que levou a média nacional para 2,9% nos anos abordados.

As informações divulgadas, ontem, são do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisas do Banco do Nordeste (BNB), com base nos dados disponibilizados pela pesquisa Contas Regionais do Brasil 2002-2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Segundo o levantamento, os estados do Piauí, com crescimento anual de 4,8%, Maranhão (4,5%), Paraíba (4,1%) e Ceará (3,5%) são destaques no cenário nordestino. Os números obtidos em setores como a indústria, agropecuária e serviços puxam os bons resultados da região. A Bahia continua com maior participação do Nordeste no PIB brasileiro, com 4,1%.

No período da coleta de dados, a maior variação nordestina ficou com o Ceará, que passou de 1,9% em 2002 para 2,2% em 2015. O crescimento foi em resposta aos setores da indústria, em grande medida, derivado pelo subsetor produção de eletricidade e gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e contaminação; e serviços. Neste segundo, a alta se deu, em maior intensidade, pelas subsetores atividades financeiras de seguros e serviços relacionados; informação e comunicação. Por fim houve, também, contribuição do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

Participação

Em relação à participação no PIB nas Unidades Federativas no Nordeste, verifica-se ainda a concentração econômica. Entre os estados da Região, em 2015, Bahia manteve-se com a maior participação do PIB brasileiro, com 4,1%. No período 2002-2015, o estado baiano ganhou participação na economia brasileira de 0,1%, quando respondia por 4% do PIB do País, em 2002.

O avanço decorreu, principalmente, do desempenho da agropecuária, construção e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Com 4,1% em 2015, a Bahia avançou 0,2% e retornou à mesma participação de 2009, sendo o ganho de 1,2% de participação das indústrias de transformação decorrente, sobretudo, da atividade de refino de petróleo e coque, que representa cerca de ⅓ do valor bruto da produção.

Das nove Unidades Federativas do Nordeste, seis apresentaram crescimento na participação no PIB brasileiro, com destaque para o Estado do Ceará, que variou 0,3%, passando de 1,9%, em 2002, para 2,2% em 2015; enquanto dois estados ficaram praticamente estáveis ao longo do período estudado; e, apenas, Sergipe (-0,1%) perdeu participação na economia Nacional nesse intervalo.

Brasil

Pela ótica da produção, contribuíram para o resultado de 2,9%, no período de 2002 a 2015, o desempenho das atividades intermediação financeira, de seguros e serviços relacionados (5,2%), serviços de informação (4,3%), indústria extrativa (3,8%), atividade imobiliárias e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares, cada uma com crescimento médio anual de 3,5%.

Fonte: O Estado (CE)

 

 

0
0
0
s2sdefault