Diante do anúncio pelo Banco do Brasil, nesta sexta-feira (05/01), de novo processo de reestruturação chamado Programa de Adequação de Quadros (PAQ), o presidente da CONTEC, Dr. Lourenço Ferreira do Prado, e o Diretor José Augusto Cordeiro, acompanhados de companheiros da ANABB, se reuniram com representantes do BB.

O anúncio do programa é uma surpresa, visto que recentemente (29/11/2017) a CONTEC havia se reunido com o banco para buscar informações sobre um novo processo de reestruturação – publicado pelo Jornal Correio Braziliense –, e o BB negou ter qualquer intenção de implementar programa da espécie neste momento.

Segundo o Banco do Brasil, o programa destina-se à adequação de quadros de unidades com excessos, limitado à quantidade necessária para adequação do contingente de funcionários em cada unidade. O BB alega que o objetivo é otimizar a estrutura de atendimento por meio da modernização, buscando melhor atender os clientes, bem como melhorar o resultado da empresa, com valorização e oportunidades para os funcionários.

O programa objetiva realocar os funcionários para que ocupem novas vagas que o BB alega que serão geradas. Mais informações sobre o regulamento do PAQ podem ser obtidas clicando aqui.

De acordo com o BB, o PAQ faz parte de um processo contínuo, da reorganização do atendimento do Banco e relacionamento com os clientes para garantia da sustentabilidade da empresa. O gerente da Dipes, João Gimenez, destacou a necessidade de modernização do banco para fazer frente à uma concorrência que diz vir de fora do setor bancário, em razão de inovações tecnológicas que acredita estarem ávidas pelos clientes do BB.

ORIENTAÇÃO 
A CONTEC orienta que cada funcionário envolvido no processo deverá cercar-se de todos os cuidados para tomar suas decisões, seja de movimentação para fora de seu município, seja de adesão a programas de incentivo a aposentadoria ou de desligamento, considerando inclusive as perdas das verbas e benefícios indiretos, como PLR, auxílio alimentação e refeição, custos com planos de saúde para a família, etc.

Cada funcionário deve analisar sua situação e ver se o PAQ lhe convém. O funcionário necessita avaliar cuidadosamente sua situação antes de decidir a respeito da questão. O funcionário não pode decidir com base nas pressões decorrentes da situação de excedente. Tem ainda que verificar seus direitos e reflexos junto à CASSI e PREVI, em caso de adesão ao programa.

A propósito, o BB informou que a CASSI e a PREVI disponibilizarão mais informações em seus canais de atendimento. Os funcionários deverão buscar esclarecimento junto às duas entidades, sobre os benefícios serão mantidos em caso de adesão ao programa.

Para decidir pelo desligamento, é necessário que o funcionário avalie a perspectiva de carreira fora do BB, bem como as perspectivas e condições de recolocação no mercado de trabalho, bem como os custos com plano de saúde para a família e compare com os benefícios oferecidos pelo banco.

AVALIAÇÃO 

Por óbvio que se os denominados “programas de desligamentos voluntários” se pagam em pouquíssimo tempo, as maiores vantagens são da empresa.

A CONTEC defende um banco útil à sociedade e preocupa-se, sobremaneira com os reflexos de programas da espécie na vida dos trabalhadores.

Não há como deixarmos de nos preocupar com o fechamento de agências – especialmente em cidades carentes de atendimento bancário –, com significativa redução dos postos de trabalho.

 

Uma das preocupações é que, segundo as regras do programa, o funcionário que decide pela adesão a programa de incentivo a aposentadoria ou de desligamento, mas fica condicionado à situação futura imprevisível. (Fonte: Contec)

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