Segundo o Idec, operadoras foram responsáveis por 23,4% das queixas feitas por consumidores; apesar do índice, houve queda em relação a 2015 e 2016. Idec recebeu reclamações relativas a planos de saúde, compra de produtos, serviços financeiros e de telecomunicações.

Os planos de saúde fazem parte do segmento que mais registrou reclamações de consumidores direcionadas ao atendimento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (12), os contatos relacionados a operadoras de saúde somaram 23,4% do total em 2017, totalizando o terceiro ano seguido de liderança em reclamações para o setor.

Apesar da liderança, o setor de planos de saúde  registrou queda na participação de reclamações, já que, em 2016, foi responsável por 28,06% das queixas e, em 2015, por 32,7% delas. Ainda de acordo com o Idec, a maior parte das reclamações vem sobre o reajuste abusivo dos planos, especialmente empresariais e coletivos. Os usuários também se mostraram incomodados com as negativas de cobertura e a falta de informações sobre os planos.

Em segundo lugar no ranking das reclamações ficaram as queixas relacionadas com a  compra de produtos , com 17,8%. A categoria ultrapassou o ramo de serviços financeiros , que ficou em terceiro no levantamento deste ano, com 16,7%, mas vinha ocupando a vice-liderança nos dois anos anteriores.

Neste setor, a maior parte dos problemas tem relação com cartão de crédito, conta corrente e crédito pessoal. Em relação à compra de produtos, a maior parte das reclamações tinha a ver com os defeitos e descumprimento nas ofertas. Os serviços de telecomunicações, incluindo telefonia móvel e fixa e TV por assinatura , ficaram com a quarta posição no levantamento do Idec com queixas de consumidores.

Do total, 15,8% das reclamações foram causadas pela relação dos clientes com as empresas. A TV por assinatura é a maior fonte de reclamações, seguida pelos problemas com telefonia e internet. Em 2017, o Idec recebeu 3,8 mil chamados com reclamações e dúvidas.

Planos de saúde suspensos

Desde a sexta-feira (9), 44 planos de saúde de 17 operadoras estão  suspensos por conta de decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que interrompeu a comercialização dos planos por conta do alto número de reclamações relacionadas à cobertura assistencial, como negativas e demora no atendimento.

Com a decisão, os planos de saúde deverão seguir atendendo seus 180,9 mil beneficiários, mas não poderão vender os serviços para outras pessoas até comprovarem a melhoria no atendimento. No ato da suspensão, a ANS também reativou outros 20 planos de oito operadoras, que realizaram os ajustes necessários. (Fonte: Brasil Econômico)

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