Assembleias realizadas em todo o Brasil ontem (08/08), quarta-feira referendaram decisão da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC de REJEITAR a oferta da FENABAN de apenas cobrir a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas.

A contraproposta da Fenaban é insuficiente, sem qualquer aumento real e não atende em nada os anseios da categoria. A próxima rodada de negociação com a FENABAN ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira), em São Paulo.

Os bancários devem continuar lutando pela manutenção das conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A categoria reivindica reajuste composto pela reposição da inflação (INPC), mais aumento real de 5% e não aceitam receber Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) menor, frente aos maiores lucros entre todos os setores da economia brasileira. Só em 2017, os cinco maiores bancos lucraram algo em torno de R$ 77 bilhões e apenas com a receita obtida com tarifas de serviços bancários conseguem cobrir todos os gastos com o pessoal. Sem contar os históricos resultados obtidos no primeiro trimestre de 2018.

A CEBNN/Contec destaca a necessidade da categoria continuar mobilizada e acompanhando a marcha das negociações nas redes sociais e site oficial da CONTEC. (Fonte: Contec)

Bancos lucram alto

Mesmo na crise, os bancos ganham, e muito. Em 2017, os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa), que empregam em torno de 90% da categoria, lucraram juntos R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016.

Só no primeiro trimestre deste ano, eles já atingiram R$ 20,3 bi em lucro, 18,7% a mais do que no mesmo período de 2017. E os balanços do semestre já divulgados pelo Itaú, Bradesco e Santander apontam que o ritmo de crescimento se manterá.

Entre 2012 e 2017, o lucro líquido das maiores instituições financeiras no país teve uma variação real positiva de 12%. E o volume das atividades também apresentou crescimento nesse período: a carteira de crédito aumentou 25% acima da inflação e o número de clientes com conta corrente e conta poupança apresentou alta de 9% e 31%.

 

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