Negociação entre Contec e Fenaban é suspensa e continuará na manhã desta quarta-feira (22) às 10h
Iniciada às 11 horas da manhã desta terça-feira (21), em São Paulo, a reunião da Contec (Confederação Nacional dos Bancários) com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), prosseguiu até as 22h30, quando foi suspensa.
O Paraná está representado nesta negociação pelo presidente da Federação dos Bancários e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso; Gilberto Lopez Leite, presidente do Seeb de Ponta Grossa, e Carlos Roberto Rodrigues, vice-presidente do Seeb de Maringá.
O setor mais lucrativo do país apresentou novamente proposta insuficiente aos seus empregados e com retirada de direitos. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander), que somente no primeiro semestre deste ano já ganharam R$ 42 milhões ou quase 18% mais que em 2017, apresentaram aos bancários uma proposta para fechar acordo/CCT para dois anos, corrigindo os salários pela inflação mais 0,5% de aumento real em set/2018 e 0,5% em set/2019.
Demais verbas econômicas seriam corrigidas pelo índice de inflação, e alteração ou exclusão de diversas cláusulas de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) como o pagamento proporcional, e não mais integral, da PLR das bancárias em licença-maternidade e de afastados por doença ou acidente.
Os negociadores da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL também informaram que nesta quarta (22/8) haverá reunião de negociação com a Comissão CONTEC prevista inicialmente para as 14h30, também em São Paulo.
Veja mais sobre a proposta dos bancos
• Retirada do salário substituto (cláusula 5ª)
• Fim da PLR integral para bancárias em licença-maternidade e afastados por acidente ou doença (esses trabalhadores receberiam PLR proporcional ao período trabalhado)
• Querem compensar, caso percam na Justiça, as horas extras pagas como gratificação de função conforme a cláusula 11ª da CCT. Esse item não vale para os bancos públicos, que têm Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta foi rejeitada e o Comando quer negociar PCS para todos
• Alteração da cláusula do vale-transporte, rejeitada porque ficaria pior do que a lei (cláusula 21ª)
• Fim da cláusula que proíbe a divulgação de ranking individual (cláusula 37ª)
• Retirada da cláusula que previa adicional de insalubridade e periculosidade porque está na lei (cláusula 10ª)
• Querem flexibilizar o horário de almoço de 15 minutos para 30 minutos na jornada de seis horas (exceto para teleatendimento e telemarketing)
• Fim do vale-cultura (cláusula 69). Comando quer que permaneça para que o direito esteja garantido caso do governo retome o programa.
• Retirada da cláusula que garantia a homologação de rescisão contratual nos sindicatos
• Aqui um avanço: garante o parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado
• Outro avanço: mantém o direito do hipersuficiente à CCT (quem ganha mais de R$ 11.
• Mantém o direito ao adiantamento emergencial para quem tem recurso ao INSS por 90 dias. Os bancários querem 120 dias