Romero Jucá (MDB-RR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Lindbergh Farias (PT) estão entre os 41 investigados não aprovados pelas urnas (Matheus Lara)A maior parte dos alvos da Operação Lava Jato que tentaram um novo mandato nas eleições de ontem fracassaram.

Dos 77 nomes que ainda respondem a alguma investigação e se candidatam, 40 não tiveram sucesso. Entre os mais famosos estão o ex-líder do governo no Senado Romero Jucá (MDB-RR) e o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que chegou a ser preso durante a campanha.

Outros nomes de destaque na política, como o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e o vice, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também ficaram de fora.
Um dos casos mais emblemáticos é o Richa, ex-governador do Paraná, preso durante a campanha para o Senado. Ele era favorito a uma das vagas pelo Estado e acabou ficando de fora, na sexta posição, com 377,8 mil votos. A presidente cassada Dilma Rousseff (PT), que tentou se eleger para o Senado por Minas Gerais, também caiu nas intenções de voto durante a campanha e terminou a corrida em quarto lugar, com 2,7 milhões de votos.O senador Romero Jucá (MDB-RR), que tem mandato na Casa desde 1994 , também não conseguiu se reeleger e ficou de fora por apenas 426 votos. Ministro do Planejamento de Michel Temer por 12 dias, ele deixou a pasta após a divulgação de áudios que sugeriam uma obstrução da Operação Lava Jato. Ele é réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem dinheiro no Supremo Tribunal Federal.EleitosPor outro lado, apesar da imagem arranhada com a citação de seus nomes em delações e suspeitas sobre envolvimento em escândalos de corrupção, 33 investigados foram eleitos. São 25 deputados federais, um estadual, cinco senadores e dois governadores. Além deles, três candidatos a governador (Antônio Anastasia, do PSDB-MG; Eduardo Paes, do DEM-RJ; e Helder Barbalho, do MDB-PA), além do presidenciável Fernando Haddad (PT), todos investigados, disputarão o segundo turno.Entre os eleitos está o senador Aécio Neves (PSDB), investigado por suspeita de proprina da Odebrecht, que se candidatou a deputado federal por Minas Gerais. Ele recebeu mais de 106 mil votos. Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, também citada na delação da Odebrecht e candidata à Câmara, foi a terceira mais votada do Paraná, com mais de 212 mil votos. Ciro Nogueira (PP-PI), Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA), também conseguiram a reeleição. (Fonte: Terra)

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