Restos mortais de Aluízio Palhano estavam em uma vala clandestina de Perus, em São Paulo, junto com mais de mil ossadas. É a segunda confirmação desde 2014

Nesta segunda-feira (03/12), a Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos confirmou a identidade da segunda ossada encontrada na vala clandestina de Perus, em São Paulo. Trata-se do ex-presidente da CONTEC, o sindicalista Aluízio Palhano, morto durante a ditadura.

 

“Encerrou um ciclo e a gente tinha direito a isso. E agora o luto pode ser feito”, relata Márcia Ferreira Guimarães, filha de Aluízio Palhano.

 

Os restos mortais de Aluízio estavam em uma vala clandestina de Perus, no cemitério Dom Bosco, em São Paulo, junto com mais de mil ossadas. É a segunda confirmação desde 2014. A primeira foi do militante Dimas Antônio Casemiro. Um exame de DNA permitiu as identificações.

“Eles são analisados do ponto de vista do perfil biológico, qual que é a estatura, qual que é a faixa etária, qual que é o sexo, se tem algum trauma, se aquela lesão, aquela fratura pode ter sido motivo de tortura ou se causou a morte”, diz Samuel Ferreira, coordenador científico da Comissão.

 

Em Brasília, as famílias que buscam descobrir o desfecho da história de vida desses parentes se reuniram no encontro da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos.

 

Os parentes vão receber atestados de óbito com a mudança na causa da morte, que ocorreu em razão da violência da ditadura. Com isso, as famílias vão conseguir o documento final no cartório e as mudanças nos registros oficiais. Os parentes de desaparecidos políticos classificam essa etapa como uma reparação moral.

Fonte: TV Globo

 

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