Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil, parece não estar nem ai para os trabalhadores e mais uma vez desafia as leis brasileiras.

Depois de empurrar os clientes para o autoatendimento, ele tenta retirar as portas giratórias, aparelhos de segurança necessários por lei em vários municípios do Brasil. Não contente, ele quer que o bancário trabalhe nos finais de semana, ferindo a Lei 7.430 da CLT, além de tentar golpear uma conquista histórica da categoria.


Rial gravou um vídeo onde exalta sua família de origem espanhola e diz que o Compromisso do Banco deve ser com a Educação Financeira do cliente, como se o bancário, agora, fosse um professor de final de semana. O que todos sabemos é que isto nada mais é do que enrolação para explorar ainda mais funcionários e clientes. E que também é incompatível com a antiga frase da responsabilidade social e o convívio com a família, utilizada para não pagar horas extras.


O movimento sindical alerta que isso é ilegal e não vamos permitir que os trabalhadores bancários trabalhem aos sábados. A Lei 7.430 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é específica, conforme o artigo 224, a duração normal dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana. (Redação dada pela Lei nº7.430, 17/12/85, DOU 18/12/85) – CLT.


Portanto é ilegal as agências da Santander abrirem aos sábados e domingos para atender o público ou não. Isto fere a Lei e é uma exploração do Santander em sua ofensiva para retirar direitos dos trabalhadores e engordar o capital dos banqueiros.


Este golpe para afrouxar as leis trabalhistas é bem conhecida dos comerciários, por exemplo. Esta categoria em décadas passadas trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h, com duas horas de almoço e aos sábados, das 8h às 12h. Atualmente, devido a exploração dos patrões e a entrega de direitos, os comerciários trabalham de 2ª a domingo, inclusive aos feriados, por 8, 9, 10 ou mais horas. Existem casos de trabalhadores em supermercados ou casas comerciais que ficam por até 3 meses sem nenhum tipo de folga.


O Santander transformou-se no líder em insegurança e desconforto para funcionários e clientes. Depois de empurrar para o autoatendimento clientes que costumam pagar suas contas na boca do caixa, agora quer retirar as portas giratórias de todas as unidades e abrir aos finais de semana. A alteração do projeto das agências vai expor funcionários e clientes a riscos de violência, que podem ser mortais! (Fonte: Seeb Dourados - Gustavo Mesquita)

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