Os cadernos de economia de hoje estampam uma notícia alvissareira para a sociedade e para os trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil (BNB): a instituição apresentou um lucro de R$744,8 milhões, o maior da história e um crescimento de 223% em relação ao primeiro semestre de 2018.

Foram R$18,8 bilhões em operações de crédito; resultado operacional de R$ 1,1 bilhão em seis meses e mais de 2,5 milhões de operações. Só com recursos do FNE, foram aplicados R$ 13,4 bilhões, distribuídos em mais de 250 mil contratos, num resultado 8,9% superior ao do primeiro semestre de 2018. A expectativa do BNB é aplicar R$ 38,7 bilhões na economia da região, sendo 27,7 bi de recursos do FNE e 11 bi do Crediamigo, durante todo o exercício de 2019.

 

 

Em outra conquista recente, o BNB recebeu nota máxima no ciclo de avaliação do índice de governança IG-SEST, monitorado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Economia. A instituição recebeu nota 10 nas três dimensões avaliadas: Gestão, Controle e Auditoria; Transparência das Informações; e Conselhos, Comitês e Diretorias.

 

Os resultados, que falam por si só, são reflexo de um trabalho qualificado e de equipe e ganham uma dimensão maior ao levar em consideração o cenário da economia brasileira, de estagnação prolongada, com indícios de forte recessão. Essa semana, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), sinalizou números que colocam o país na chamada recessão técnica, que ocorre quando há dois resultados trimestrais negativos seguidos no PIB.

 

Não precisa ser experto em economia para compreender o papel ímpar do BNB não apenas para a região, mas para o país! Movimentando a economia, gerando emprego, estimulando o crédito, o Banco e seus trabalhadores cumprem uma importante missão e devem ser fortalecidos e valorizados, não apenas por uma questão de mérito, mas enquanto estratégicos para o desenvolvimento da região em que atuam e, portanto, para o próprio Brasil.

 

Essa valorização precisa ser prática e concreta. Da parte do governo federal, recuando de qualquer medida que aponte para a fragilização do Banco, como as recentes anunciadas – de desvio da finalidade dos recursos do FNE da missão para a qual foi criado; de compartilhamento com outros órgãos e de tentativas de minguar seus recursos ou de causar instabilidades internas. Ou seja, do ponto de vista técnico não há motivo ou justificativas que sustentem o esvaziamento do BNB, muito menos sua fusão/privatização. Caso ocorresse, se daria por direcionamento político, o que seria no mínimo um erro crasso de administração e uma cegueira política.

 

Da parte da direção do Banco, não medindo esforços para manter a inserção da instituição nos debates sobre desenvolvimento e o protagonismo do Banco na questão regional. Tão importante quanto, lembrando que a campanha salarial está em curso, garantir e ampliar direitos trabalhistas, valorizando seu quadro de funcionários – maior patrimônio da instituição e força motriz da ação do Banco. Defender o BNB é lutar pelos trabalhadores e vice-versa.

 

A todos e todas responsáveis pelas conquistas do Banco, que nadam contra a maré de incertezas e do pessimismo diante dos reveses estratégicos em curso no país, a exemplo da precarização do trabalho e do desmonte das instituições públicas, o nosso reconhecimento e admiração.

 

Só a luta muda a vida!

A AFBNB ao lado dos trabalhadores

Fonte: AFBNB

0
0
0
s2sdefault