Mesmo com a popularização de fintechs e bancos digitais, tarifa cobrada para usar o produto aumentou (Por Nathália Larghi)

Com o surgimento de fintechs — empresas que prestam serviços financeiros (fin) de forma mais tecnológica (tech) — e bancos digitais, o número de emissores de cartões de crédito no Brasil tem crescido bastante. Mas se muitas dessas empresas oferecem cartões sem anuidade, ainda existe um número alto de clientes que ainda paga a tarifa anual para ter o produto. E a novidade ruim é: as tarifas estão ficando mais caras, contrariando a lógica de que quanto mais empresas oferecem algo, mais barato esse produto fica.

Segundo dados do Banco Central, somadas as seis principais bandeiras do país (Visa, Mastercard, American Express, Diners Club, Elo e Hipercard), a anuidade média praticada por elas ao longo de 2018 foi de R$ 139,45. E esse número é 13,4% maior do que a média de 2017 e 15,1% maior do que o registrado em 2016.


Sem o aumento da competição, porém, o cenário poderia ser ainda pior. Levando-se em consideração apenas as duas maiores bandeiras do mercado (Visa e Mastercard), a tarifa média da anuidade chegou a R$ 156,80 em 2018. No final de 2017, esse valor era de R$ 147,90. A alta foi de 6%. Apesar de o aumento percentual ser menor, em termos absolutos (dinheiro) é mais grana saindo do seu bolso.


Contando que a inflação ficou na média em 3,66% entre 2017 e 2018, a alta das anuidades foi muito maior do que o aumento geral dos preços. Os dados do Banco Central são informados pelos emissores dos plásticos e consideram a média de todas as anuidades efetivamente pagas, sem incluir na conta os casos em que houve isenção de 100% da tarifa.

 

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