(Por Aline Bronzati) Depois de não chegar em um consenso com a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, o INSS decidiu cancelar o convênio com a fundação, no início deste ano. Conversas para a fundação “comprar” a sua própria folha de pagamentos ocorreram, mas sem sucesso.


Como o cabo de guerra capitaneado pelo INSS não deu em nada, o jeito foi partir para o plano B. Agora, o instituto ameaça leiloar a folha de aposentados do BB para possíveis bancos interessados em assumir esses pagamentos. O INSS também teria cancelado o convênio que detinha com a Petros, da Petrobras, e a Funcef, da Caixa Econômica Federal.

Quem vai querer?
No caso das folhas de pagamentos dos bancos, difícil é imaginar qual instituição financeira vai concordar pagar por novos clientes com risco tangível de perdê-los mais adiante. Isso porque os aposentados dessas instituições podem, posteriormente, recorrer ao mecanismo da portabilidade para voltar tudo como antes, recebendo seus benefícios no próprio banco.

Lá vem o pato
Com a falta de acerto entre INSS e Previ, os aposentados do BB é quem estão sofrendo as consequências. Por conta do cancelamento do convênio existente entre ambos, eles deixaram de receber os valores mensais de forma unificada.

Feitiço e feiticeiro
A separação dos pagamentos da Previ e do INSS dificulta não só a gestão das finanças como também a questão tributária. Além disso, os aposentados do BB tiveram de passar a se relacionar com os bancos indicados pelo INSS, entrando na mira do assédio para venda de crédito consignado (com desconto na folha) e seguros.

Com a palavra. Procurado, o INSS não comentou. BB e Previ também não se manifestaram. (Fonte: Estadão)

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