O Projeto de Lei 4.330/04, que amplia a terceirização nos setores público e privado, teve seu texto-base aprovado ontem (8) na Câmara, mas até a próxima semana ainda poderá sofrer alterações. Ou seja, temos que fortalecer a nossa luta contra esse abuso aos direitos trabalhistas.

O presidente da Câmara, dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e deputados aprovaram o projeto sem limites para terceirização.

Foram 324 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções. No texto, todos setores de uma empresa, sem distinção entre atividade-meio ou atividade-fim, podem ser terceirizados.

A classe trabalhadora e os movimentos sociais farão resistência. “A sociedade brasileira precisa ser esclarecida.

O PL 4.330/2004 consolida a derrocada do movimento trabalhista e da classe laboral brasileira.

Além de prejudicar qualquer forma de trabalho digno, porque prioriza a terceirização sem parâmetros ou limites, consolidando a precarização das relações de trabalho no Brasil”, afirma Lourenço Prado, coordenador nacional do FST.

Os cerca de 12,7 milhões de terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) não terão melhores condições de trabalho. O PL da terceirização, caso seja aprovado, acarretará um retrocesso histórico.

A personificação do caos será a seguinte: mais acidentes de trabalho, mais rotatividade no mercado, mais precarização, menos direitos, menos salário e menos respeito aos trabalhadores.

Até a próxima terça-feira (14), quando pontos polêmicos deverão ser decididos em votações separadas, o FST acompanhará toda movimentação no Congresso Nacional para a defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários. (Fonte: FST)
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