Nesta quinta-feira (5), mais duas agências bancárias foram alvo de investidas criminosas em Pernambuco. Cerca de 20 homens, fortemente armados, explodiram o Banco do Brasil e o Bradesco localizados no município de João Alfredo, no Agreste do Estado.

Com as novas ocorrências, subiu para 48 o total de ações violentas contra bancos neste ano. Apenas no primeiro trimestre de 2017, 30 cidades pernambucanas das quatro regiões do Estado já foram atingidas com investidas contra bancos.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e membro do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT, João Rufino, a recorrência das ações violentas são consequência da ineficiência dos órgãos de segurança pública de Pernambuco. “Como o governo pode afirmar que a violência ocorrida em bancos vem diminuindo. Essa é mais uma tentativa de mascarar a descontrolada e crescente  violência no Estado", questiona.  

Os criminosos tentaram acessar o cofre do Banco do Brasil e não conseguiram. Porém, explodiram os terminais de autoatendimento do Bradesco. Moradores da região foram feitos reféns durante a fuga dos suspeitos e libertados em seguida. Os bancos não informaram o montante de dinheiro levado

“Os criminosos agem quase sempre utilizando o mesmo modus operandi e o Estado não consegue nem prevenir e nem enfrentar as ocorrências. Não podemos aceitar que os bancários e a população tenham as suas vidas colocadas em risco por causa da falta de ações efetivas de segurança", critica Rufino.

Histórico - Em 5 de julho de 2016, a agência do Banco do Brasil de João Alfredo foi invadida e teve caixas eletrônicos arrombados com explosivos. Na ocasião, houve troca de tiros entre a quadrilha e a Polícia Militar. Os criminosos fugiram. "Novamente a agência do BB foi explodida. Isso deixa claro que o Estado não está dando condições para a reabertura dos bancos e erra ao cobrar multas dessas empresas. É preciso primeiro aumentar o efetivo policial no Interior", avalia Rufino.

Fonte: SEEC-PE

0
0
0
s2sdefault