A União Geral dos Trabalhadores (UGT) condena a violenta repressão contra uma marcha histórica, que reuniu mais de 150 mil trabalhadores e trabalhadoras em Brasília, nesta quarta-feira (24 de maio), em protesto contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária. A ação revelou o despreparo do governo para manter um diálogo com os trabalhadores e a sociedade. Um grupo de mascarados serviu de argumento para que o governo aciona a Força Nacional e as Forças Armadas, transformando um protesto pacífico e legítimo em verdadeira praça de guerra. A marcha, que reuniu trabalhadores de todo o País, saiu pacificamente das imediações do estádio Mané Garrincha e, quando chegou próximo ao Congresso Nacional, a manifestação democrática e pacífica foi recebida por uma polícia despreparada que, provocada por agentes infiltrados, identificados pelos trabalhadores como estranhos ao movimento, e por um grupo de mascarados, reprimiu de forma violenta homens e mulheres que exerciam seu democrático direito de protesto. A convocação das Forças Armadas pelo governo só piorou a situação e transformou Brasília numa verdadeira praça de guerra. A violenta ação acabou com dezenas de feridos. A UGT não aceita a violência como forma de intimidação e vai continuar exercendo seu direito de, em defesa dos interesses da classe trabalhadora, exigir o fim da corrupção e a abertura de um diálogo com o movimento sindical e a sociedade, na discussão das reformas que não retire direito dos trabalhadores.

União Geral dos Trabalhadores

UGT Global 1 

Reforma daPrevidência: NenhumDireito a Menos

É fato que o atual modelo político favorece a realização de ações ilícitas, desvio de recursos públicos e favorecimento de uma pequena elite política e empresarial, que nos últimos anos vem sendo desvendado por meio da Operação Lava Jato. A bandeira de uma reforma política, neste momento, é uma aspiração de toda a sociedade, isso porque o Estado centralizador dos recursos e dos encargos manipula partidos e parlamentares. Isso há muito tempo a UGT vem denunciando.

Trabalhador ocupa Brasília

Brasília tem a maior mobilização contra conjunto de reformas do governo federal. O dia 24 de maio já entrou para a história do Brasil como a maior marcha da classe trabalhadora contra que Brasília já teve. O ato que reúne neste momento, aproximadamente 50 mil pessoas foi organizado pela União Geral dos Trabalhadores(UGT) em conjunto com todas as centrais sindicais. Tendo como foco mostrar para os parlamentares que as reformas propostas pelo Governo federal não têm apoio popular e são extremamente danosas para a sociedade, a marcha conta com o apoio de trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil que viajaram horas e até dias para reivindicar contra atentado a democracia do país, já que as propostas foram construídas sem a participação da sociedade e atende única e exclusivamente o setor empresarial. Além de exigir que tais propostas sejam, se preciso, construídas por meio da participação popular, a manifestação ganhou um tom de indignação principalmente por conta das denúncias que vieram à tona com a delação da JBS. “O governo quer a todo custo aprovar essas medidas mesmo sem consultar a sociedade, de forma exacerbada e tirana, isso é uma irresponsável sem precedentes, pois neste momento nenhuma das casas tem condições morais de votar medidas de austeridade com tanta denúncia contra o Temer”, diz Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Brasília virou um campo de batalha

Sob uma verdadeira chuva de bombas de gás lacrimogêneo, Ricardo Patah,  presidente nacional daUnião Geral dos Trabalhadores (UGT)

, discursou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, DF.O líder ugetista ressaltou que este é o momento de resistir às investidas que os parlamentares estão fazendo contra a classe trabalhadora. Patah criticou a ação policial, que usou de força excessiva para tentar acabar com as manifestações, que seguiam pacíficas até que os policiais começassem a agredir os manifestantes. A manifestação, que teve como objetivo lutar contra as reformas trabalhista e previdenciária, foi composta por pais e mães de família, estudantes, professores e aposentados. “Ninguém que está aqui é vagabundo. São pessoas de bem, que estão lutando contra medidas de austeridade que visam retirar direitos sociais e trabalhistas”, disse Patah. A caminhada se iniciou por volta das 11h, do estádio Mané Garrincha em direção à Esplanada dos Ministérios, com a estimativa feita pela Polícia Militar de 150 mil pessoas. Mas a denúncia de que cerca de 50 ônibus de manifestantes ainda estavam parados num bloqueio da estrada demonstrava que a tarde reservaria péssimas surpresas. Durante o ato, o ator

Osmar Prado

 subiu no carro de som e fez um discurso de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras. “Este congresso não tem moral para votar as reformas da maneira como eles apresentaram. Este é o momento de lutar e reivindicar”, disse o ator. Os manifestantes prosseguiram acompanhando o caminhão de som até que centenas de bombas de efeito moral começaram a ser atiradas em direção à multidão. Mesmo comRicardo Patah pedindo para que os manifestantes não caíssem na provocação dos policiais, a repressão foi muito violenta e, inevitavelmente, muitos manifestantes se feriram durante o ato. “

Somos homens e mulheres, pais e mães de família. Mesmo assim, os policiais não param de jogar bomba. Isso é desumano e imoral. As imagens estão aí para o mundo inteiro ver a forma como os trabalha dores estão sendo tratados”, concluiu o dirigente sindical.

 

Baleado, em Brasília, militante da UGT

CONTEC critica ação policial durante marcha em Brasília, que teve trabalhador baleado. O

presidente da CONTEC e secretário de Relações Internacionais da UGT, Lourenço Prado,

 criticou duramente a ação policial durante o protesto. Segundo ele, todas as medidas serão tomadas por parte da central sindical para cobrar a responsabilização dos culpados. “O policial errou e deve ser penalizado por isto. Não dá pra admitir que uma arma letal fosse disparada durante um protesto de trabalhadores. Oque queriam? Nos calar?”, questionou Prado. Além de combater as reformas, o movimento também pediu o afastamento do presidente, Michel Temer, flagrado recentemente em conversas não republicanas com um empresário investigado na Operação Lava-Jato. Segundo Prado, a UGT vai acompanhar de perto todo o processo de investigação dos culpados para assegurar que os responsáveis sejam punidos. O secretário da UGT informou ainda que vai denunciar o atentado contra a vida de um trabalhador na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e na UNI GLOBAL. “Vamos denunciar isto a todas as organizações internacionais. Não se pode ameaçar odireito de um trabalhador de protestar, principalmente se vivemos num pais democrata! Temos de buscar forças para garantir que isto não ocorra mais”, indignou-se. O último boletim médico de Carlos Cirilo foi apresentado na passada quinta-feira. Ainda há risco de morte e por isto, a Diretoria Executiva da CONTEC pede a todos que formem uma corrente de oração em favor da vida dele.

CSA condena repressão no Brasil

CSA condena repressão contra movimentos sociais no Brasil e apoia manifestações contra reformas e eleições diretas já. A Confederação Sindical das Américas (CSA) manifesta

 a sua solidariedade com a massiva mobilização desenvolvida hoje (24), na cidade de Brasília, organizada pelos sindicatos e outros movimentos sociais para rejeitar a pretensão de ampliar a agenda de declínio social, exigindo a renúncia do governo ilegítimo e a convocação imediata de eleições, para superar a crise instalada no Brasil desde o golpe de 2016.Com mais de 200 mil pessoas, provenientes de diferentes regiões do país, os trabalhadores e as trabalhadoras deram uma nova demonstração da rejeição maciça da agenda antipopular implementada pelo presidente ilegítimo Michel Temer, especialmente o objetivo de ampliar a destruição dos direitos do povo trabalhador com a reforma das leis trabalhistas e de previdência social. Confrontado com apoio popular maciço para a marcha convocada pelos sindicatos, o governo desencadeou uma brutal repressão policial e militar na manifestação majoritariamente pacífica. Além disso, o governo ilegítimo decretou o uso de forças militares para conter a mobilização popular em Brasília, uma situação não mais vista desde a redemocratização. A CSA condena a repressão contra a mobilização pacífica de Brasília, manifesta a sua solidariedade com o povo, sindicatos e movimentos sociais brasileiros, acompanhando suas reivindicações contra as reformas impopulares, para a renúncia do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas imediatamente.

UGT vai ao Senado para debater a Reforma Trabalhista

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) Ricardo Patah e o secretário de organização Sindical Chiquinho Pereira, participaram nessa terça-feira(16) no Senado Federal, no Plenário, da segunda sessão temática que discute a proposta de Reforma Trabalhista. Pela manhã o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira fez a defesas da proposta – que já foi aprovada na Câmara. Na mesa do Senado, os dirigentes das Centrais Sindicais e da Associação dos Procuradores do Trabalho, contestam a proposta do Governo. A direção da UGT já conversou com mais de 20 senadores, desde que a proposta chegou ao Senado. A tentativa, segundo Ricardo Patah é conseguir mudanças na comissão de assuntos econômicos (CAE). Na quarta-feira, 17, o presidente da UGT participará de uma Audiência às 14h30 das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais(CAS). A Comissão de Assuntos Econômicos é presidida pelo Senador Ricardo Ferraço(PSDB-ES). O projeto ainda será discutido na Comissão de Constituição e Justiça, mas ainda não tem relator para a matéria.

UGT irá compor Comissão Nacional dos ODS

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), por meio da Jornada 2030, juntamente com seu Comitê de Sustentabilidade, foi selecionada para constituir a Comissão Nacional de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como representante da sociedade civil. A Jornada 2030 é uma iniciativa da UGT que não apenas promove os ODS, mas mobiliza entidades sindicais e lideranças para a implementação dessa importante agenda no País. Criada pelo governo, a partir do Decreto nº 8.892, de 31 de outubro de 2016, a Comissão, tem como missão elaborar um plano de ação para implementação da Agenda 2030;propor estratégias e programas para a implementação dos ODS; elaborar relatórios periódicos e subsídios para discussões sobre o desenvolvimento sustentável em fóruns nacionais e internacionais; identificar, sistematizar e divulgar boas práticas e iniciativas que colaborem para o alcance dos ODS; e promover a articulação com os órgãos e entidades públicas para disseminar e implementar a Agenda 2030 nos níveis estadual e municipal.

Fonte: UGT Global

 

 

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