Um tribunal da Coréia do Sul condenou nesta sexta-feira (25) o herdeiro bilionário e vicepresidente da Samsung, Lee Jae-yong, a cinco anos de prisão por corrupção, informa a agência de notícias Associated Press.

Lee foi acusado de oferecer suborno à Choi Soon-sil, amiga da ex-presidente do país, Park Geunhye, em troca de favores presidenciais e a aprovação de uma polêmica fusão em 2015. O escândalo, conhecido como "Rasputina", levou ao impeachment de Park em março deste ano.

Os jurados entenderam que Lee também é culpado em casos de desfalque, envio de ativos para o exterior, obtenção de lucro por meio de atos criminosos e perjúrio.

O Ministério Público havia pedido no começo do mês que Lee fosse condenado a 12 anos de prisão.

Lee Jae-Yong, filho do presidente do grupo Samsung, Lee Kun-Hee, e outros quatro executivos da empresa foram acusados do suborno. A Justiça do país acredita que eles agiram para garantir a controversa fusão entre a Samsung e a Cheil Industries Inc. de US$ 8 milhões apoiada pela National Pension Service (NPS).

A sentença foi lida em audiência realizada em Seul na parte da tarde desta sexta, pouco antes das 3h30 na madrugada no Brasil. Segundo a AP, Lee não mostrou nenhuma reação particular após a leitura da condenação.

Lee, de 49 anos, comanda o grupo Samsung desde que seu pai sofreu um ataque cardíaco em 2014.

Em sua defesa, o herdeiro do grupo chegou a afirmar que não teve nenhum papel na tomada de decisões da empresa e que "escutava na maioria das vezes os outros diretores".

 

Ao final da audiência desta sexta, um advogado de Lee disse à AP que a defesa recorrerá da sentença. "Como advogado, eu não posso concordar com as decisões jurídicas e os fatos reconhecidos envolvidos no veredicto", disse Song Woo-cheo, fora do tribunal. "Nós apelaremos contra a decisão e estou certo de que, no julgamento de apelação, todas as acusações serão rejeitadas". (Fonte: UOL)

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