Nem sempre ter umcargo respeitado e um alto salário é garantia de realização pessoal eprofissional. Para muita gente, a troca de emprego para ganhar menos podesignificar a conquista de menos estresse, mais qualidade de vida e maisfelicidade. O mais importante é a pessoa encontrar seu verdadeiro centro de ambição.
Uma pesquisa recentedo site Trabalhando.com aponta que 64% dos brasileiros estão descontentes com aempresa na qual trabalham ou com o emprego atual. Mudar de área, empresa oucarreira já deve ter passado pela cabeça de diversos profissionais. Com a ideiade mudança vem também o medo de enfrentar novos desafios e perder a aparentesegurança.
O coach SilvioCelestino acredita que a decisão de mudar de emprego para ganhar menos éapropriada se a qualidade de vida aumenta muito com a escolha. Para ele, a vidaprofissional deve ser conduzida tendo duas importantes referências: realizaçãopessoal e financeira. “Não dá para ser feliz fazendo apenas o que se gosta semrecursos financeiros, assim como não é possível à pessoa ter somente dinheiro euma qualidade de vida ruim”, alerta. Portanto, o equilíbrio entre esses doisfatores é relevante.
Insatisfação
Um peso no cotidianodo emprego é a infelicidade de fazer o que faz. A insatisfação profissional éum tema que ronda e preocupada a vida dos brasileiros constantemente. Cada umtem seu motivo: salário, clima, se dar mal com o chefe, se sentirsobrecarregado ou até achar que não tem seu trabalho reconhecido.
Para a mestre empsicologia Cyndia Bressan, especialista em Carreira, o desafio de mudar deemprego é muito positivo, mas antes de tomar essa decisão o profissional devepensar em uma estratégia de carreira e de vida a longo prazo. “Pode perder acurto prazo, mas ganhar no médio e longo prazo”, avalia.
Segundo ela, muitosprofissionais chegam a sair das capitais em direção às cidades do interior embusca de mais qualidade de vida e menos violência. Porém, muitas vezes issorequer uma troca, ou seja, ganhar menos para viver melhor. “Nem sempre ganharmais é sinônimo de felicidade. Muita gente nem encontra tempo para gastar o queganha, como numa viagem, por exemplo”, alerta.
Algumas pessoassentem mais prazer em ter uma vida mais voltada para profissão e a carreira.Porém, outras pessoas têm outros centro de ambição, como cuidar da casa e dosfilhos, cultuar o corpo, se dedicar à religião ou fazer trabalhos voluntários.Quem gosta de ficar em casa com a família, mas precisa trabalhar para se sustentar,deve se dedicar a um trabalho que não exija muito tempo para não atrapalhar seuobjetivo central.
Muitas vezes, aempresa não gosta quando um funcionário recusa uma promoção para um cargo dechefia. Porém, ele pode ter uma atuação bem melhor numa função menor dentro daempresa. “As empresas precisam aprender a valorizar também os profissionais quenão têm no trabalho seu centro de ambição pessoal”. Vale lembrar que umprofissional feliz tem um rendimento bem melhor.

Fonte: Jornal OPopular
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