Mais uma vez osbancos tomam a contramão da geração de empregos no Brasil. Dados de fevereirodo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério doTrabalho, mostram que enquanto a criação de postos com carteira assinada nopaís atingiu saldo positivo de 260.823, o setor bancário extinguiu 840 empregosno mesmo mês.
Desconsiderando osaldo positivo da Caixa Federal (305 postos a mais), o resultado do setor éainda pior: eliminação de 1.145 vagas no segundo mês do ano. Levando em contaapenas os bancos múltiplos com carteira comercial, onde se enquadram as cincomaiores instituições financeiras que atuam no país (Itaú, Bradesco, Banco doBrasil, Santander e HSBC), o resultado é de 1.153 empregos suprimidos.
A tendência se mantémquando comparamos os números do primeiro bimestre de 2014: enquanto no Brasilforam gerados 302.190 postos de trabalho (crescimento de 0,74% no estoque,atualmente em 41 milhões), o setor bancário “contribuiu” com desemprego para opaís, acabando com 1.864 empregos. Sem a Caixa, que no bimestre criou 826vagas, o saldo negativo do setor bancário é ainda maior, chegando à extinção de2.690 vagas em janeiro e fevereiro.
Já nos últimos 12meses, foram criados 1,2 milhão de postos de trabalho formal no Brasil,expansão de 2,91% no número de cidadãos com carteira assinada. No mesmo período(março 2013 a janeiro 2014), os bancos eliminaram 6.827 postos no país.
Saláriosmenores

Além de gerardesemprego, os altos índices de demissões no setor bancário também contribuempara o rebaixamento dos salários. Em fevereiro, ainda segundo dados do Caged, aremuneração dos admitidos foi 44,4% menor que a dos trabalhadores que saíramdas empresas: os desligados recebiam, em média, R$ 5,4 mil, e os novosempregados foram contratados por um salário médio de R$ 3 mil. No bimestre, adiferença foi de menos 40,3%: os desligados ganhavam R$ 5,4 mil e os novosfuncionários entraram ganhando R$ 3,2 mil. (Fonte: SEEB SP)
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