Aagência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) diminuiu anota para a economia brasileira. Em relatório divulgado no fim da tarde de hoje(24), a agência reduziu, de BBB para BBB-, a nota soberana do país comperspectiva neutra, o que indica que a classificação não será rebaixada nospróximos meses.
Emcomunicado, a agência informou que a dívida geral do governo brasileiro –indicador usado em comparações internacionais – é alta e que o crescimento realdo Produto Interno Bruto (PIB) é baixo, devendo ficar em 1,8% em 2014 e 2% em2015. Segundo a S&P, o governo dá sinais mistos em relação aos gastos em anode eleição e existe pouca confiança no ambiente de negócios que se reflete emperspectivas mornas para os investimentos do setor privado. Além disso, oendividamento maior da população deve fazer o consumo crescer menos.
Emjunho do ano passado, a agência de classificação tinha indicado que poderiacortar a nota do Brasil por causa do baixo crescimento da economia e da reduçãodo esforço fiscal. Apesar do rebaixamento, o país ainda está na categoria degrau de investimento, que indica baixa probabilidade de calote na dívidapública.
Aclassificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida deconfiança dos investidores internacionais na economia de determinado país. Asnotas servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representamo custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. O Ministérioda Fazenda ainda não se manifestou sobre o rebaixamento.
Asagências de classificação de risco fornecem notas que servem de parâmetro paraa credibilidade de governos e empresas no mercado financeiro. Essas agências,no entanto, foram criticadas em 2008 por terem dado notas altas para asoperações de venda de créditos imobiliários nos Estados Unidos que entraram emcolapso e desencadearam uma crise econômica global. Em fevereiro do anopassado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu investigação contraa Standard & Poor's por suspeita de fraude na classificação de produtoshipotecários.

Fonte:Agência Brasil
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