Essafoi a única saída encontrada para que o banco continue concedendo crédito semreceber nova injeção de recursos do governo.
Noano passado, a Caixa repassou R$ 4,7 bilhões ao governo federal, o que equivalea cerca de 85% dos ganhos que são distribuídos como dividendos.
Nesteano, o banco acertou com o governo reduzir essa contribuição para 45%, segundoapurou a Folha.
Comisso, o valor a ser transferido pela Caixa neste ano será reduzido, mesmo considerandoum aumento do lucro.
Issoporque a concessão de empréstimos, que já representa mais da metade da receitado banco, terá que ser reduzida, o que terá impacto no lucro.
Em2014, a previsão é que o volume de empréstimos aumente de 22% a 25%, umadesaceleração em relação ao ritmo de alta em 2013 (36,8%). negociação difícil.
Oacordo da Caixa com o governo não foi fácil.
Areportagem apurou que o Ministério da Fazenda queria que a Caixa pagasse oequivalente a 60% do seu lucro neste ano.
Mas,para manter o crescimento do crédito em 22% e não perder mercado, o banco argumentouque só poderia contribuir com o equivalente a 45%, no máximo.
Issorepresenta uma mudança no acordo que a Caixa mantinha até então com o governo,seu controlador.
Atéagora, a expansão de crédito da Caixa foi financiada sem desembolsos do TesouroNacional.
Primeiro,foram transferidas para o banco ações de empresas que estavam no BNDES.
Depois,foram emitidos títulos no mercado em nome da Caixa.
Sóno ano passado, foram captados R$ 8 bilhões com esses papeis.
Assim,o governo capitalizou a Caixa sem aumentar seus gastos, para não comprometer asmetas fiscais.
Emtroca, o banco pagou dividendos muito acima da média de mercado para a União, oque ajudou a elevar as receitas do governo.
Acapitalização teve impacto apenas no aumento da dívida pública bruta, quechegou a 57% do PIB em 2013.
Oacordo feito com a Caixa pode dificultar ainda mais o esforço do governo emmelhorar a poupança que faz para pagar a dívida pública, o chamado superavitprimário.

Osdividendos de estatais são importantes em um momento em que o crescimento menorda economia brasileira deve reduzir também o ritmo de alta da arrecadação deimpostos. (Fonte: Folha.com)
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