Aformalização do mercado de trabalho aumentou no Brasil em todas as regiões nacomparação entre o último trimestre de 2012 e o mesmo período do ano passadopara os empegados do setor privado.
Noentanto, na categoria dos trabalhadores domésticos não houve avanço, apesar daedição da PEC das domésticas em 2013.
Opercentual desses trabalhadores com carteira assinada sofreu até uma pequenaredução – de 31,3% nos três últimos meses de 2012 para 31,1% em igual períodode 2013.
Entreos empregados da iniciativa privada, o percentual subiu de 76,1% para 77,1%. Osdados são da Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira (10).
Osdomésticos são a categoria com menor grau de formalização e esperava-se que aexigência de registro em carteira pudesse intensificar esse movimento.
Umadas hipóteses de analistas é que algumas mensalistas com carteira assinadaforam trocadas por diaristas, mas a Pnad Contínua não possui dados capazes demensurar esse fenômeno.
Regiões
Emboraem ritmo diferente e mantidas as diferenças regionais, o emprego formal cresceuem todos as regiões.
Menosformalizado, o Nordeste teve a maior expansão proporcional –1,4 pontopercentual, para 61,8% do total de empregados do setor privado. Já no Sul eSudeste o ganho foi de 0,9 ponto, em ambas, atingindo 81,4% e 84,3%,respectivamente.
Segundoanalistas, o incremento das contratações com carteira são uma constante emoutras pesquisas e estão ligadas à maior fiscalização, restrição de crédito aempregadores não legalizados, dinamismo de setores mais formais e menor ofertade mão de obra em alguns ramos, como construção.
Numsinal de que dois anos seguidos de baixo crescimento econômico podem terafetado o mercado de trabalho, subiu o contingente de trabalhadores por contaprópria, tipo de ocupação, em sua maioria, precária e de baixo rendimento.
Opercentual em relação ao total de trabalhadores avançou de 22,8% no quartotrimestre de 2012 para 23,2% no mesmo período de 2013.
Apesquisa revela ainda uma diferença regional marcante em relação aos trabalhadoresque auxiliam algum membro da família, sem receber por isso.
Essegrupo correspondia a 3,1% dos trabalhadores do país no quarto trimestre de2013. No Norte e Nordeste, os percentuais chegavam a 6,8% e 4,7%,respectivamente.
Jovens
Osdados da pesquisa revelaram ainda que caiu a taxa de desemprego entre jovens de18 a 24 anos, uma das faixas com mais dificuldade em ingressar no mercado detrabalho. O percentual declinou de 14,12% no quarto trimestre de 2012 para 13,1%em igual período de 2013.
Aindaassim, os integrantes desse grupo etário correspondem a quase um terço (32,6%)de todos as pessoas a procurada de um trabalho –proporção maior do que seu pesode 14% na população em idade para estar ocupada (acima de 14 anos).
Essafaixa de idade também tem uma participação expressiva no total de pessoas forado mercado de trabalho, ou seja, naqueles que não buscam uma vaga.
Opercentual era de 32,3% no quarto trimestre de 2013 –no Nordeste e no Norte,chegavam a 38,7% e 32,3%, respectivamente. (Fonte: Folha.com)