OMinistério da Justiça abriu processos contra Magazine Luiza, Ricardo Eletro,Casas Bahia e Ponto Frio pela venda abusiva de seguros a seus consumidores. Arede Insinuante, que atua no Nordeste, foi notificada e deve prestar esclarecimentossobre a prática.
SegundoAmaury Oliva, diretor do DPDC (Departamento de Proteção e Defesa doConsumidor), muitas vezes o cliente vai à loja para comprar um eletrodoméstico,celular, ou outro produto, e sai com vários seguros embutidos na compra -degarantia estendida do produto a plano odontológico ou médico e seguro de vida.
Parao DPDC, essa prática tem se tornado cada vez mais comum. No ano passado, houvemais de 25 mil reclamações em relação à venda irregular de seguros. Atualmente,é a maior queixa dos consumidores sobre essas grandes varejistas.
Asredes de eletrodomésticos têm feito da venda de seguros um grande negócio.Segundo Oliva, um dos grupos investigados chegou a vender 9 milhões de apólicesem 2013.
Asempresas terão dez dias, contados a partir de hoje, para apresentar sua defesa.Caso sejam comprovadas as irregularidades, as multas podem chegar a R$ 7milhões para cada loja -o teto estabelecido pelo Código de Defesa doConsumidor.
Casos
Umaconsumidora, ao comprar um jogo de panelas que custava R$ 820, foi avisada deque teria que assinar vários documentos, senão perderia a promoção.
Aochegar em casa e conferir a nota fiscal, descobriu que comprara também umseguro de vida e uma garantia estendida diferenciada. A compra saiu por R$1.019.
Emoutro caso, uma consumidora foi comprar um eletrodoméstico e acabou pagando,sem saber, por um plano de assistência odontológica para ela e a filha.
Aodecidir usar o serviço, já que tinha comprado, foi informada pela empresa deque teria de contratar todo o serviço e, portanto, pagar a mais para otratamento.
Osvalores desses seguros embutidos podem ser alto, chegam a custar mais da metadedo valor da compra. Segundo Oliva, o consumidor muitas vezes não percebe avenda irregular porque a cobrança fica diluída nas parcelas da compra.

Ainvestigação do Ministério da Justiça começou em 2012, depois de denúncia doProcon de Ubá (MG) contra as Casas Bahia por suposta venda irregular de seguro.Então o DPDC estendeu a investigação para outros grupos. (Fonte: Folha.com)
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