Oministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou nesta quinta-feira, 10, quenegocia com o titular de Minas e Energia, Edison Lobão, o aumento do porcentualde etanol anidro na gasolina. Atualmente, a mistura é de 25% do biocombustívele o mercado estima que seja possível elevar para 27,5%. Geller e Lobão tiveramreunião ontem à noite sobre o assunto. A Companhia Nacional de Abastecimento(Conab) anunciou nesta quinta-feira, 10, estimativa de que na safra 2014/15 aprodução de anidro cresça 8,71%.
Jáa produção de etanol hidratado, aquele que é colocado diretamente no tanque dosveículos, recue 5,6%. Ainda assim, o volume de hidratado será maior do que oanidro na safra que começou em 1º de abril: 12,85 bilhões de litros de anidro e15,51 bilhões de litros de etanol hidratado, segundo a estatal.
Ocoordenador-geral de açúcar e etanol do Ministério da Agricultura, Cid Caldas,disse que a política de venda de anidro, por meio de contratos fechadosdiretamente com as distribuidoras de combustível, explica o crescimento consistentede produção. "Como o etanol anidro tem de ser contratado pelodistribuidor, isso dá segurança para o produtor", afirmou.
Ementrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da estatal Empresa Brasil deComunicação (EBC), Neri Geller revelou a disposição do governo em evitar umnovo aumento da gasolina, sobre a alta de 4% já repassada no dia 30 de novembropassado pela Petrobrás às refinarias para a gasolina comum. A decisão atenderiaa política do Ministério da Fazenda de tentar segurar a inflação.
Odiretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini,afirmou ao Broadcast que a decisão das usinas de aumentar a produção de anidroé parte de uma política de "mobilização" da produção que não significamenor interesse no hidratado.
Aavaliação de parte do governo é de que o aumento da mistura em 2,5 pontosporcentuais seria suficiente para levar o setor a reinvestir no aumento daprodução de etanol usado direto nos tanques de automóveis. Além de voltar afazer o etanol ser atraente para consumo na bomba ante à gasolina. Mas o embateinterno no governo deve levar ao aumento da proporção de álcool na gasolina, umano depois de o porcentual ter sido elevado de 20% para 25%, tendo em vista acorrente dominante preocupada com o peso da gasolina na inflação e o efeito queisso pode ter na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Fonte:Estadão


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