Sindicatosque representam quase 4 milhões de trabalhadores preparam manifestações paraobter reajustes e direitos (veja quadro).
Diferentementeda marcha de quarta em São Paulo, organizada por seis centrais sindicais,protestos podem ocorrer de forma isolada em uma indústria de bebidas, em umaeroporto ou nas ruas das 12 cidades-sede dos jogos.
Naconstrução pesada, há greves desde 2011, quando se intensificaram obras emestádios e de infraestrutura. Foram 1.165 horas paradas em 25 casos entre 2011e 2013, segundo dados do Dieese. O saldo: ganhos reais acima da média do país edo setor.
Nosetor de alimentação, a estratégia é atingir os estoques. "Se otrabalhador não matar o boi, não terá churrasco na Copa. Se o caminhão não saida cervejaria, não vai ter o que servir nos bares", diz Wilson Manzon, dafederação de trabalhadores paulistas do segmento.
Hotéisque hospedarão times de futebol também podem ser alvos. O slogan já está noscartazes: "Salário e direitos no padrão Fifa".
Nosetor de turismo, uma das reivindicações é a garantia de emprego até o fim deagosto. Desde 2013, uma comissão tenta fechar um acordo. José Osório Naves,diretor da confederação patronal, diz que o objetivo é evitar greves.
Opoder de barganha dos trabalhadores, principalmente do setor de serviços,aumenta na Copa, mas o economista Francisco Pessoa, da consultoria LCA, diz queé preciso ter cuidado para que o ganho real de agora não resulte em demissõesmotivadas pela alta de custos.
"Épreciso manter o pé na realidade", avalia. (Fonte: Folha.com)