Aomesmo tempo em que assiste a um vertiginoso aumento no número de contascorrentes (2,2 milhões novos correntistas apenas em 2013), o Santander continuaperpetrando sua política de cortes de postos de trabalho.
Deacordo com denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, obanco espanhol está acabando com funções como GA+ e B1 e B2 (empresas). GA+virou coordenadora dos caixas e B2 foi para plataforma.
Aomenos dois gerentes empresa 1 e empresa 2 foram demitidos na região central deSão Paulo, mesmo tendo atingido 100% das metas e tendo boa avaliação. De acordocom o dirigente sindical Marcelo Gonçalves, denúncias de bancários apontam quecom a fusão dos cargos de empresa 1 e empresa 2, o Santander está criando umanova categoria de gerentes, que tem o sugestivo nome de gerente misto.
“Estafusão representará mais clientes e serviços para um único gerente. A atualgestão do banco só cria confusão, sobrecarrega e gera enorme descontentamentoentre os funcionários e impede o bom atendimento ao cliente.”
Paraos bancários que não foram demitidos por causa de mais essa reestruturação nosquadros do banco, sobra acúmulo de tarefas, pressão pelo cumprimento de maismetas, muito sofrimento e adoecimento.
“Estouesgotado, não posso ir ao médico, não consigo dormir e choro diariamente. Estoucom atestado médico devido à resistência muito baixa, peguei uma baita infecçãopor dormir mal e comer muito pouco e pelo estresse causado por esse banco. Enão poderei me afastar do trabalho devido a uma ferramenta punitiva chamadaavaliação de qualidade operacional”, relata um bancário.
Adiretora executiva do Sindicato Rita Berlofa cobra posicionamento sobre aquestão. “O banco extingue cargos de maneira truculenta e injustificável. Issotraz acúmulo de atividades e adoecimentos físicos e psíquicos aos funcionáriosremanescentes. O Santander deve respeitar os trabalhadores brasileiros,responsáveis por mais de um quarto dos lucros mundiais da instituição.”
Em2013, o banco espanhol reduziu 4.371 empregos, fechou as portas de 94 agências,128 postos de atendimento (PAs) e desativou 835 caixas eletrônicos. Tudo issono mesmo período em que passou a administrar 29,5 milhões de contas correntes,ante 27,3 milhões em 2013. (Fonte: SEEB SP)