Jurosmais baixos têm se tornado opção restrita a funcionários públicos ebeneficiários do INSS. Esses consumidores respondem pela maior parte dasoperações com o chamado crédito consignado – descontado da folha de pagamento–, uma das modalidades com as menores taxas e que mais ganharam participação demercado nos últimos anos.
Oconsignado para trabalhadores do setor público e para quem recebe pelaPrevidência representa 28% do crédito ao consumo. Há sete anos, início da novapesquisa de juros do Banco Central, a participação era de 21%.
Aindasão poucos os trabalhadores privados com acesso a esse tipo de financiamento.Apenas 2% do crédito ao consumo são empréstimos consignados a quem não está nafolha do setor público.
Astaxas de juros mostram a vantagem desse crédito. Servidores públicos pagam, emmédia, 23% ao ano. Beneficiários do INSS, 28% ao ano.
Quemtrabalha em empresas privadas que possuem acordo com bancos para concessão doconsignado, 32% ao ano. No crédito direto sem desconto em folha, o juro está em95% ao ano. No cheque especial, em 157% anuais.
Umdois principais entraves ao consignado no setor privado é a garantia do empregoe do recebimento do salário.
Esseé um dos motivos pelos quais esse mercado está restrito praticamente a grandesempresas, algumas delas estatais de economia mista, segundo um executivo dosetor bancário.
Deacordo com o Ministério da Fazenda, outros dois problemas têm inviabilizado ocrescimento mais significativo do consignado privado. A legislação atual nãogarante que a prestação será descontada do salário antes de outras despesas. Odesconto na folha também pode ser inviabilizado se a empresa pagadora passar adepositar o salário em outro banco.
Asduas questões dependem de mudanças na lei que estão em discussão no governo,segundo a Fazenda. Os dados do BC também mostram que, com o ciclo atual de altada taxa básica de juros, aumentou a diferença de juros para quem recebe pelogoverno e para demais consumidores.

Nahora de repassar o aumento no custo do dinheiro, os bancos estão evitandoelevar as taxas do consignado, pois a concorrência continua acirrada nessaárea. (Fonte:Folha.com)
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