Os economistas do mercado financeiroelevaram, na semana passada, sua expectativa para o Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 6,47% para 6,51%, informou o BancoCentral nesta terça-feira (22), por meio do relatório de mercado, tambémconhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100instituições financeiras.
Com isso, a previsão do mercado para oIPCA de 2014 subiu pela sétima semana consecutiva e ficou acima, pela primeiravez, do limite superior de 6,50% do sistema de metas de inflação. Para 2015, aestimativa ficou estável em 6%. Pelo sistema que vigora no Brasil, a metacentral, para 2014 e 2015, é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerânciade dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA podeoscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
No início de 2013, o mercado previa queo IPCA deste ano somaria 5,50%. Nos meses seguintes, a estimativa foi sedeteriorando, terminando o último ano em 5,97%. A estimativa ficouconsistentemente acima de 6% a partir de 20 de fevereiro deste ano e superou oteto da meta após a inflação de março ter registrado o pior resultado, paraeste mês, desde 2003.
Quando a meta de inflação édescumprida, o presidente da autoridade monetária tem de escrever uma cartaaberta ao ministro da Fazenda explicando as razões que motivaram o"estouro" da meta formal. No começo deste ano, a inflação avançou commais intensidade por conta do aumento dos preços dos alimentos - resultado dascondições climáticas adversas (secas ou chuvas) no país.
Taxa de juros
A perspectiva do mercado financeiro éque a alta de juros, feita no fim do mês passado pelo Banco Central, não seja aúltima elevação no ano da taxa básica (Selic) da economia brasileira – que vemavançando desde abril do ano passado para conter pressões inflacionárias. Parao fechamento de 2014, a previsão dos analistas para a taxa de juros permaneceuem 11,25% ao ano e, para o final de 2015, ficou estável em 12% ao ano.
Crescimento do PIB
Para o crescimento do Produto InternoBruto (PIB) de 2014, a previsão dos economistas caiu de 1,65% para 1,63% naúltima semana. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos emterritório brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.
O crescimento do PIB do país previstopara 2014 continua abaixo do estimado no orçamento federal – de 2,5% – e tambémestá menor que a previsão (2%) divulgada pelo BC no mês passado. Para 2015, aperspectiva de expansão da economia brasileira, feita por analistas do mercadofinanceiro, ficou inalterada em 2% de alta.
Câmbio, balança comercial einvestimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, aprojeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 ficouestável em R$ 2,45 por dólar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dosanalistas dos bancos para o dólar caiu de R$ 2,53 para R$ 2,51.
A projeção para o superávit da balançacomercial (exportações menos importações) em 2014 subiu de US$ 3 bilhões paraUS$ 3,02 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávitcomercial permaneceu em US$ 10 bilhões.
Para 2013, a projeção de entrada deinvestimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeirosficou inalterada em US$ 55 bilhões.

Fonte: G1
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