AParticipação nos Lucros e Resultados (PLR) não é nenhum “presente” do patrão.Disso todo mundo sabe. Porém não é demais lembrar que essa verba é um direitodo trabalhador, conquistado à custa de muita luta, decorrente das greves nascampanhas salariais, e como tal, é muito esperada pelos trabalhadores –sobretudo os do BNB, cujos salários estão muito aquém do que deveriam.
Conhecidopor enrolar os bancários como pode, o Banco do Nordeste divulgou notainformando que o crédito não foi feito devido ao processo de aprovação, aindaem andamento. Para piorar, não foi agendada outra data para o repasse dobenefício. O fato tem causado indignação e revolta de todos.
OBNB prometeu, mas novamente não cumpriu, e até hoje os funcionários aguardam opagamento da segunda parcela da PLR 2013, ao contrario dos demais bancos danossa base (BB, Caixa, Itaú, Santander e Bradesco) que já realizaram o repasse.
Adireção do banco tinha anunciado o pagamento para o dia 1º de abril. Noentanto, como havia alertado o Sindicato, era realmente difícil de acreditar napromessa.
Esseatraso do BNB é consequência direta dos atos de má gestão praticados entre osanos de 2003 e 2010 pela então diretoria do BNB. Tais irregularidades já foramfartamente denunciadas pelo nosso sindicato. Contudo, após mais de três anos deapuração das fraudes, apenas três dirigentes de primeiro escalão do BNBperderam suas funções.
Éde conhecimento público que o ex-presidente Roberto Smith saiu sem qualquerresponsabilização pelo Governo Federal e quatro diretores de sua administraçãopermanecem nos cargos, apesar de evidências concretas quanto à irregularidadeno manuseio de recursos públicos administrados pela Instituição.
Tambémé sabido por todos que em 2013, a administração do banco destinou R$ 365milhões do balanço anual para cobrir rombos deixados por devedores do Banco quenão pagaram os empréstimos tomados (as chamadas Perdas de Devedores Duvidosos -PDD).
Ironicamente,R$ 36 milhões que o Banco ainda não pagou ao funcionalismo a título de PLR, coincidecom valor que representa aproximadamente os 10% da quantia que o BNB remanejoupara cobrir rombo decorrente inadimplência gerada por sua própria máadministração.
Éjusto o funcionalismo pagar essa conta? É justo o bancário o Banco do Nordestesacrificar sua PLR para sanar dividas dos clientes do banco? O SEEB Garanhuns eRegião responde: “não”. E ressalta que é preciso lutar com todas as armasdisponíveis para garantir o direito dos trabalhadores previsto na ConvençãoColetiva Nacional dos Bancários. A cobrança incessante do pagamento à Direçãodo Banco vai continuar, acompanhada de iniciativas jurídicas já em análisepelas entidades representativas, além de mobilizações nas dependências do BNB.


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