Osbancos brasileiros terão que criar políticas de responsabilidadesocioambiental. Entre outras ações, isso significa que riscos envolvendoimpactos sociais ou ao meio ambiente terão que ser previstos e reduzidos emoperações financeiras como as análises de crédito. A regra está em resoluçãoaprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O banco poderá elaborar oplano de acordo com suas especificidades, dependendo do perfil de clientes oudas operações realizadas.
“Oque queremos é dar um comando para todas as instituições para que, por sipróprias, digam como vão gerenciar seu risco socioambiental. A alta gerênciatem que ter política definida, clara, mas ela é que tem que dizer a naturezadas operações”, disse Sérgio Odilon, chefe do Departamento de Normas do BancoCentral. Como exemplo de necessidade de gerenciamento de risco, ele citou aconcessão de financiamento para a construção de uma usina hidrelétrica.
Oprazo para formular a política é 28 de fevereiro, para instituições cujasoperações são mais complexas, e devem se submeter à avaliação de capital; e paraas demais instituições o prazo é 31 de julho do ano que vem. O plano deresponsabilidade ambiental deve ser reavaliado pelo banco a cada cinco anos. Agestão de riscos socioambientais nas instituições financeiras começou a serdiscutida entre Ministério do Meio Ambiente e Banco Central durante aConferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizadano Rio de Janeiro em 2012.
“Háuma expectativa internacional para essa normativa. Nossa regulação do sistemafinanceiro já é vista como referência internacional”, disse o presidente doBanco Central, Alexandre Tombini, em evento para apresentação da norma. Para aministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a obrigatoriedade do plano e dagestão de risco ambiental “sintetiza 20 anos de pensamento do mercadofinanceiro e nova abordagem de governança ambiental no Brasil e no mundo”.

Fonte:Agência Brasil
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