Ataxa de juros do crédito para as famílias de 41,6% ao ano, em março deste ano,é a mais alta desde fevereiro de 2012, quando ficou em 41,7% ao ano, de acordocom dados do Banco Central (BC), divulgados nesta terça-feira (29).
Aalta dos juros ocorre em momento de ciclo de alta da taxa básica Selic, usadapelo BC para regular a inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BCelevou a Selic, que serve de referência para as demais taxas no mercado, novevezes seguidas.
Atualmente,a Selic está em 11% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é contera demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altosencarecem o crédito e estimulam a poupança.
Segundoo chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o crédito é um canalimportante de transmissão dos efeitos da alta da Selic. "Boa parte dasmodalidades [de crédito] tem taxas de juros em março deste ano superior àquelaobservada no início do ano passado, refletindo o ciclo [de alta da Selic], masmuito aquém do pico da série [histórica do BC, iniciada em março de 2011].
Ataxa média de juros mais alta na série histórica para as famílias foiregistrada em julho de 2011, quando ficou em 42,7% ao ano."
Ataxa de inadimplência para as famílias ficou estável em relação a fevereiro, em6,5%. Segundo Maciel, a inadimplência na maioria das modalidades de crédito"está no piso ou muito próximas a isso". Uma exceção é ainadimplência de financiamento de veículos que ficou em 11,3%, em março. Porisso, Maciel acredita que ainda há espaço para recuo na inadimplência definanciamento de carros.
OBC classifica como inadimplência atrasos superiores a 90 dias. Mas o BC tambémtem dados de atrasos entre 15 e 90 dias, considerado um indicador antecedentede inadimplência. Por esse indicador, os atrasos para pessoas físicas subiramde 6,2%, em fevereiro, para 6,8%, em março.

Entretanto,Maciel disse que ainda é preciso esperar para saber se esse aumento mostra umatendência de alta da inadimplência nos próximos meses. "É preciso aguardarum pouco mais para inferir se isso representa uma interrupção da trajetória dedeclínio das taxas de inadimplência que temos observado desde 2012",destacou. (Fonte: Agência Brasil)
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