OItaú alcançou lucro líquido de R$ 4,529 bilhões no primeiro trimestre de 2014,crescimento de 29% em relação aos primeiros três meses de 2013. A rentabilidadetambém aumentou: chegou a 22,6% neste primeiro trimestre ante 19,1% no mesmoperíodo do ano passado, ou seja, crescimento de 3,5 pontos percentuais.
Osnúmeros do balanço, divulgados nesta terça-feira 29, também são positivosquanto à carteira de crédito total, que chegou a um saldo de R$ 508,246 bilhõesem 31 de março deste ano, aumento de 11,4% em relação ao final de março do anopassado. Apesar da elevação, o crescimento está bem abaixo do apresentado pelosbancos públicos.
Eigualmente positivos quanto à receita de prestação de serviços que totalizou R$6,057 bilhões (incluindo as rendas de tarifas bancárias), ampliação de 18,3% emrelação aos primeiros três meses de 2013. Isso significa que apenas com o quearrecada da cobrança de serviços e tarifas dos clientes, o Itaú cobre 157% desuas despesas de pessoal. Ainda assim, o maior banco privado do país extinguepostos de trabalho.
Corte de empregos
Entrejaneiro e março o Itaú acabou com 733 vagas de emprego em todo o país.Considerando os últimos 12 meses, já são 2.759 vagas a menos. Com esses cortes,as despesas de pessoal do banco cresceram apenas 3,8%, bem abaixo dos reajustesconquistados pela categoria bancária em 2013.
Paraa diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária doItaú Marta Soares, os números reforçam uma realidade já bem conhecida: “O bancotem tido resultados excelentes e batido recordes em lucro, mas as condições detrabalho só pioram por conta dos cortes de emprego. Os funcionários estãosobrecarregados porque a carteira de crédito aumenta, as metas ficam cada vezmaiores, mas o número de trabalhadores só faz diminuir. O Itaú precisavalorizar seus empregados, que são os responsáveis diretos por essecrescimento”.
Adirigente critica ainda o fato de a empresa brasileira crescer, mas nãoretribuir seus resultados com empregos para o país. “Os bancos são concessõespúblicas e como tal deveriam servir à sociedade, facilitando o crédito egerando empregos. Ao invés disso, aumentam as taxas de juros e de serviços quecobram dos correntistas e demitem trabalhadores, precarizando o atendimento aopúblico. O Sindicato rechaça essa prática.” (Fonte: SEEB SP)