O Banco Santander, que abriu seucapital no Brasil há quase cinco anos, vai promover uma megaopeação pararecomprar a participação de 24,6% dos acionistas minoritários por meio de umaoferta voluntária.
O maior banco europeu em valor demercado quer aproveitar o preço baixo do ativo brasileiro para aumentar seulucro nos próximos anos. Pelas projeções do Santander Espanha, a incorporaçãocompleta da subsidiária brasileira pode aumentar seu lucro líquido em até 7% em2015.
"O mercado não acredita na nossafranquia, mas nós acreditamos", disse Javier Marin, presidente doSantander Espanha. "Hoje as ações não refletem o valor do ativo",disse Jesús Maria Zabalza Lotina, presidente do Santander Brasil.
Por meio de uma troca de ações que podemovimentar R$ 14,3 bilhões, a matriz espanhola oferece aos acionistasbrasileiros 0,7 ação do grupo Santander - na forma de Brazilian DepositaryReceipts (BDR) ou American Depositary Receipts (ADR) - por unit do SantanderBrasil.
Isso equivale a um preço de R$ 15,31por unit, valor 20% maior que a cotação de fechamento de segunda-feira. Ontem,após o anúncio da oferta, as units tiveram alta de 15,77% na Bovespa e fecharamcotadas R$ 14,75.
O preço da oferta, porém, é 34,9%inferior ao valor que os acionistas pagaram em outubro de 2009, quando o bancofez sua oferta inicial de ações e captou R$ 13,2 bilhões. Incluídos osdividendos distribuídos, o preço é 10,4% menor. Desde o IPO até segunda-feira,os papéis do Santander acumulavam queda de 22,5%, considerando os ajustes pelosdividendos pagos no período. Esse desempenho é muito pior que o dosconcorrentes.
Desde outubro de 2009, as ações doBradesco registraram alta de 49%, as do Itaú Unibanco, 34,1% e as do Banco doBrasil, 10,5%. Até o Ibovespa apresentou resultado melhor no período: queda de18%.
A perda de valor se deve à expectativacriada com as promessas do IPO. Após a oferta, Fabio Barbosa, então presidentedo Santander Brasil, afirmou que o banco queria ser "o melhor e maiseficiente do país". Os projetos não se concretizaram. Entre osconcorrentes privados, o Santander foi o banco cuja carteira de crédito menoscresceu desde o fim de 2009. (Fonte: Valor Econômico)


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