OTribunal de Justiça de São Paulo decidiu na última segunda-feira (5) estenderos efeitos da falência do Banco Santos a cinco empresas de Edemar Cid Ferreira,ex-controlador da instituição. Com isso, seus bens poderão ser usados parapagar credores do banco.
Essasempresas –Maremar, Atalanta, Hyles, Cid Collection e Finsec– são donas de bensdo ex-banqueiro. Entre eles, estão a casa na rua Gália, em São Paulo, onde oex-banqueiro morava, e as obras de sua coleção de arte.
AFolha apurou que, com essa decisão, o síndico da massa falida, Vânio Aguiar,pedirá uma avaliação dos bens para colocá-los à venda daqui a cerca de seis meses.
Aideia, ainda segundo apurou a reportagem, é leiloar a casa com as cerca de 900obras de arte que ainda estão no imóvel. A expectativa é levantar entre R$ 80milhões e R$ 100 milhões. Essa venda também precisa ter aval dos credores.
Osdemais imóveis podem render outros R$ 100 milhões. Existem ainda obras de arteque faziam parte da Cid Collection, controladora da coleção de arte de Edemar,em diversos museus que poderiam trazer cerca de R$ 80 milhões para os credores.
OBanco Santos foi liquidada em 2005 com rombo de R$ 2,3 bilhões. Condenado a 21anos de prisão por crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha egestão fraudulenta, Edemar está em liberdade provisória.
OUTROLADO
Oex-banqueiro disse à Folha que irá recorrer da decisão ao Superior Tribunal deJustiça (STJ).
"Entrareiassim que a decisão sair publicada para evitar qualquer ação arbitrária [vendados bens]", disse.
Paraele, a decisão foi um erro. "Não pude provar que os documentos apresentadospelo síndico à Justiça paulista foram um erro."

Em2012, o síndico da massa falida do Banco Santos apresentou documentos obtidosno exterior para mostrar que o dinheiro gasto por Edemar na construção de suacasa e em sua coleção de arte foi desviado do banco. Edemar nega. (Fonte:Folha.com)
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