Aoenviar uma medida provisória ao Congresso antes das eleições, o governo acaboudando, na avaliação de auxiliares, munição para a oposição desgastar a presidenteno período eleitoral.
AécioNeves, pré-candidato do PSDB, já anunciou que apresentará uma emenda à MPpropondo a correção da tabela pela inflação, na casa dos 6% -acima do índice definidopelo Planalto, de 4,5%.
Outrospartidos da oposição, como DEM e Solidariedade, devem fazer o mesmo.
Há,além disso, intenção de propor uma regra definitiva de correção por um índicede preços, podendo ser o INPC ou o IPCA.
Acorreção da tabela aumenta as faixas salariais sobre as quais incidem asalíquotas do imposto e eleva o valor da renda que fica isenta de tributação,favorecendo os contribuintes e reduzindo a arrecadação do governo.
Oanúncio da correção foi feito por Dilma em pronunciamento em cadeia de rádio eTV há uma semana.
AMP fixando a correção da tabela foi enviada ao Congresso na sexta passada.
Paraassessores e conselheiros presidenciais, no esforço de reagir à onda denotícias negativas, Dilma poderia apenas ter anunciado que, em 2015, a políticade correção da tabela dos últimos quatro anos seria mantida –mas sem enviaragora ao Congresso uma MP sobre o tema.
Comisso, não daria oportunidade à oposição nem a descontentes da base aliada detransformar a medida em moeda eleitoral.
Segundolíderes governistas, evitar que uma correção maior seja aprovada no plenárioserá tarefa quase impossível em ano de eleição.
Orisco, segundo governistas, é que a MP seja aprovada no início de setembro,próximo do primeiro turno da eleição, o que colocaria nas mãos da presidente adecisão de sancionar ou vetar a proposta inicialmente encaminhada por elamesma.
Umasolução seria travar a votação da MP, deixando-a para depois das eleições.
Mesmonesse caso, dizem governistas, a oposição usaria a estratégia para desgastar aimagem de Dilma. Afinal, o governo estaria bloqueando a votação de uma MP dopróprio Planalto.
Ocusto da correção de 4,5% será de R$ 5,3 bilhões em 2015, segundo projeçãooficial. O reajuste corresponde à meta de inflação do governo, mas não cobre avariação efetiva dos índices de preços, que têm sistematicamente superado ameta. (Fonte: Folha.com)


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