Opaís criou 105.384 empregos com carteira assinada em abril, o que representauma queda de 46,48% frente ao mesmo período do ano passado, quando foramabertas 196.913 vagas formais. Os dados do Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged) foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Ministériodo Trabalho.
Trata-sedo pior resultado para meses de abril desde 1999, quando foram abertas 57.543empregos com carteira assinada. A série histórica do Ministério do Trabalhopara este indicador tem início em 1992.
No ano, criação de vagassoma 458 mil
Dejaneiro a abril deste ano, foram criados 458.145 empregos formais, com queda de16,5% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 549.064 vagas.Também é o pior resultado para os quatro primeiros meses de um ano desde 2009.No mesmo período daquele ano, as empresas contrataram 98.319 trabalhadores.
Osnúmeros de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual períododos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelasempresas fora do prazo (até o mês de março). Os dados de abril ainda sãoconsiderados sem ajuste.
'Pleno emprego'
Aexplicação do Ministério do Trabalho e Emprego para as quedas na geração devagas formais está relacionada ao menor número de desempregados no país."Dados do IBGE mostram que estamos em situação de pleno emprego. Não dápra continuar tendo acréscimo espetacular [no emprego formal] como tivemos nosanos anteriores. Além disso, diminuiu o crescimento do PIB nos últimosanos", declarou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, referindo-se aoProduto Interno Bruto, que corresponde à soma de todos os produtos e serviçosproduzidos no país.
Dadosdo IBGE mostram que estamos em situação de pleno emprego" Manoel Dias,ministro do Trabalho
Poroutro lado, acrescentou o ministro, o emprego continuará crescendo, embora emritmo menor, porque houve a inclusão de milhões de pessoas na classe média."E também temos grandes obras em andamento, como portos, aeroportos erodovias leiloadas, além da Copa do Mundo, que também vai ajudar."
SegundoManoel Dias, há "setores" que estão explorando politicamente osresultados do emprego formal. "Partidos políticos estão explorando isso.Há três candidaturas postas disputando as eleições presidenciais",afirmou.
Oministro do Trabalho disse ainda que está mantida a previsão de que sejamcriados de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos com carteira assinada neste ano,mas afirmou que este número pode vir a ser revisto para cima no futuro.
Desempenho por setores daeconomia
Segundoo Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregosformais nos quatro primeiros meses deste ano, com 295.932 postos abertos(contra 265.278 no mesmo período do ano passado). O setor inclui trabalhadorescomo médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons emotoristas.
Aindústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsávelpela contratação de 98.576 trabalhadores com carteira assinada no mesmoperíodo. De janeiro a abril do ano passado, a indústria abriu 153.975 vagas.
Aconstrução civil, por sua vez, registrou a abertura 75.725 trabalhadores comcarteira assinada de janeiro a abril deste ano, contra 121.013 vagas no mesmoperíodo de 2013. Já o setor agrícola gerou 20.859 empregos nos quatro primeirosmeses deste ano (contra a abertura de 15.889 vagas no mesmo período de 2013),enquanto o comércio fechou 60.587 vagas formais de janeiro a abril deste ano(contra 41.811 vagas fechadas nos quatro primeiros meses de 2013).
Regiões do país
Segundonúmeros oficiais, o emprego formal cresceu em três das cinco regiões do país noprimeiro quadrimestre deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 238.444empregos com carteira assinada e a Região Sul, 178.608.
ARegião Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 68.818 postos formais deemprego de janeiro a abril deste ano, enquanto que a Região Norte teve ofechamento de 38 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordesteregistrou o fechamento de 23.687 empregos com carteira nos quatro primeirosmeses deste ano.
Fonte:G1


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