Após13 meses seguidos de elevação na taxa básica de juros da economia brasileira,que passou de 7,25% em abril de 2013 para os atuais 11% ao ano, o mercadofinanceiro acredita que o ciclo de aumento da taxa Selic chegou ao fim. Paraesta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sereúne, a previsão é que a taxa não seja alterada.
Aperspectiva consta no relatório de mercado, divulgado pelo Banco Central nestasegunda-feira (26), também conhecido como Focus. O documento é fruto depesquisa com economistas de mais de 100 instituições financeiras. A decisãosobre a taxa de juros será anunciada na noite da próxima quarta-feira (28) peloBC.
Aexpectativa dos analistas para a manutenção dos juros aconteceu apóssinalizações da própria autoridade monetária, contidas na ata da última reuniãodo Copom, e também do presidente da instituição, Alexandre Tombini. O BC temavaliado que parte "relevante" do aumento de juros implementado desdeabril do ano passado ainda não impactou a inflação, ou seja, não surtiu oefeito desejado.
Entretanto,até o momento, a previsão do mercado é de que a taxa terminará este ano em11,25% ao ano – o que pressupõe que, para os economistas, ainda haverá um novoaumento na taxa de juros até o fim deste ano - mesmo que não seja em maio. Parao fechamento de 2015, a previsão dos economistas para os juros básicos recuoude 12,25% para 12% ao ano.
Expectativade inflação
Para2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o IPCA, índice de inflaçãocalculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu de6,43% para 6,47% na semana passada, voltando a se aproximar do teto de 6,5% dosistema de metas de inflação para este ano. A previsão chegou a ultrapassar oteto no mês passado, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa ficou estávelem 6%.
Pelosistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 como para 2015 éde 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuaispara cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, semque a meta seja formalmente descumprida.
Quandoa inflação fica acima do teto do sistema de metas, o presidente do BancoCentral precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando asrazões que motivaram o "estouro" da meta formal. No começo do ano, ainflação avançou com mais intensidade por conta do aumento dos preços dosalimentos – resultado das condições climáticas adversas (seca ou excesso dechuvas) no país.
Crescimentodo PIB
Parao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, a previsão doseconomistas subiu de 1,62% para 1,63% na última semana. O PIB é a soma de todosos bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente danacionalidade de quem os produz.
Ocrescimento do PIB do país previsto para 2014 continua abaixo do estimado noorçamento federal – de 2,5% – e também menor que a previsão (2%) divulgada peloBanco Central em março. Para 2015, a perspectiva de expansão da economiabrasileira, feita por analistas do mercado financeiro, recuou de 2% para 1,96%.
Câmbio,balança comercial e investimentos estrangeiros
Nestaedição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa decâmbio no fim de 2014 ficou estável em R$ 2,45 por dólar. Para o fechamento de2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu em R$ 2,51.
Aprojeção para o superávit da balança comercial (resultado do total exportaçõesmenos importações) em 2014 permaneceu em US$ 3 bilhões na semana passada. Para2015, a previsão de superávit comercial ficou estável em US$ 10 bilhões.
Para2013, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasilpermaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para oaporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilhões.
Fonte:G1


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