Mercadoaposta que Copom vai interromper o ciclo de altas da Selic, mesmo sem terconseguido conter a inflação, pelo menos até depois das eleições de outubro.IPCA de abril fechou acumulado de 12 meses em 6,28%
OBanco Central deverá encerrar, nesta semana, um dos mais longos e pesadosciclos de alta nos juros básicos da última década. Durante um ano, a taxa queserve de referência para empréstimos bancários e toda a economia subiu 3,75pontos percentuais, saltando da mínima histórica, 7,25% ao ano, até chegar aopatamar atual de 11%, alcançado no mês passado. Mesmo assim, a inflação nãocedeu.
Diversositens do dia a dia do brasileiro, como alimentos e serviços, acumulam, ano aano, variações acima de 8%. E, mesmo a taxa oficial medida pelo Índice dePreços ao Consumidor Amplo (IPCA), o parâmetro usado pelo governo para avaliaro custo de vida no país, está persistentemente acima do centro da meta de 4,5%ao ano. No acumulado em 12 meses até abril, ela atingiu a marca de 6,28%.
Nãoseria uma surpresa se, diante desses números, o Comitê de Política Monetária(Copom) decidisse dar continuidade à elevação dos juros básicos na reunião quese inicia amanhã e que acaba quarta-feira.
Mas,para analistas de mercado financeiro, pesará a favor do fim da alta de juros obaixo crescimento econômico e a proximidade com as eleições presidenciais deoutubro. “Uma resposta de juros agora parece ineficaz, porque o efeito daelevação da Selic sobre a atividade econômica já está ocorrendo”, diz oeconomista-chefe da Franklin Templeton Investments, Carlos Thadeu Filho.

Elechama a atenção para a piora do varejo e da indústria neste início de ano, queestão abarrotados de estoques, e para a baixa confiança de empresários econsumidores, o que ajuda a reduzir ainda mais a possibilidade de retomada doProduto Interno Bruto (PIB) em 2014. Nesse cenário, emenda o economista-chefeda Sul América Investimentos, Newton Rosa, elevar ainda mais os juros básicosaté que a inflação, enfim, ceda para o centro da meta de 4,5% ao ano seria“jogar o país numa recessão”. (Fonte: Correio Braziliense)
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