ACaixa Econômica Federal perdeu R$ 10 milhões devido a vulnerabilidades de seusistema, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF). Dois grupos baseadosno Ceará são suspeitos de roubar senhas de contas-correntes e cédulas decheques em impressão do banco. A prática só foi descoberta após trabalhoconjunto entre a Caixa e a Polícia Federal.
Emauditoria interna para analisar centenas de reclamações, o banco repassou asinformações para a Polícia Federal, que deflagrou a Operação Cártula. A açãoresultou na prisão de dez integrantes, sendo cinco de cada grupo.
OsR$ 10 milhões foi quanto o banco gastou em ressarcimentos aos correntistaslesados, afirmou o MPF.
Em27 de março, a Polícia Federal deflagrou a operação, mas somente na terça (27)os presos foram transferidos para São Paulo, onde responderão ao inquérito.
Deacordo com a procuradora Karen Louise Kahn, o grupo roubava senhas de clientesda Caixa por meio dos terminais de autoatendimento, utilizando uma ferramentachamada de "chupa-cabra", um teclado falso que grava as informaçõesdigitadas pelos usuários.
Apóso roubo das informações, os grupos checavam os saldos das contas e clonavamcheques em nome dos correntistas lesados.
Utilizandooutros bancos, depositavam os cheques em contas de "laranjas" -pessoas que disponibilizavam suas contas para os grupos lavarem dinheiro.
Afraude era concluída com saque ou transferência dos recursos para outras contas- estas em posse dos grupos.
Fonte:Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro