Emuma imaginária Copa do Mundo do PIB (Produto Interno Bruto), o Brasil tambémteria que sediar o evento para ter lugar garantido entre os oito cabeças dechave. A alta de 0,2% no 1° trimestre de 2014, divulgada nesta sexta-feira (30)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o país na9ª posição do ranking de crescimento econômico das nações participantes doMundial de futebol da Fifa, segundo um levantamento feito a pedido do G1 peloeconomista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeirasMoneYou. Dos 32 países que disputarão a Copa deste ano, entre 12 de junho e 13de julho, 16 já divulgaram os resultados do PIB – que é a soma de todos os bense serviços produzidos – no 1° trimestre. Esses números mostram a evolução daseconomias no início do ano.
OJapão lidera o ranking, com avanço de 1,5% nos três primeiros meses de 2014,seguido por Coreia do Sul (0,9%), Alemanha (0,8%) e Reino Unido (0,8%). Àfrente do Brasil, estão também Chile, Espanha, Bélgica e México. A Suíçaaparece empatada, com igual crescimento de 0,2%. Veja a tabela acima.
"Aatividade econômica ainda não se aproveitou do grande evento mundial, e muitosacreditam que os feriados forçados em dias de jogos neutralizarão os efeitospositivos dos gastos de turistas e brasileiros", avalia Vieira. Olevantamento também compara o PIB nominal dos países da Copa. Das maioreseconomias do planeta, só a China está fora do Mundial. Na análise do tamanhodas economias, o Brasil aparece na 6ª posição da lista de 32 países, atrás dosEstados Unidos, com seu colossal PIB de US$ 15,9 trilhões, e também do Japão,da Alemanha, da França e do Reino Unido.
Nalanterna, aparece a Bósnia e Herzegovina, com um PIB anual de cerca de US$ 17bilhões. O topo de baixo do ranking reúne também Gana (US$ 41 bilhões),Camarões (US$ 25 bilhões), Costa do Marfim (US$ 25 bilhões) e Honduras (US$ 18bilhões). Veja o gráfico ao final do texto.
Futebol x economia
Entreas seis maiores economias da Copa, o Brasil é o maior campeão dos mundiais, com5 títulos, seguido por Itália (4) e Alemanha (3).
Olevantamento lembra que, em termos de apostas, o Brasil também vai bem nasbolsas, onde a expectativa é que o país chegue à final contra a Argentina nodia 13 de julho no Maracanã, no Rio, com 60% de chance de levar a taça, segundoum estudo do banco de investimento americano Goldman Sachs."Vemos que liderançaem futebol nunca quis dizer absolutamente nada em termos econômicos e,comprovadamente, foram poucos os eventos dessa magnitude que deixaram um legadoeconômico e de infraestrutura positivos aos países", afirma Vieira."Os defensores adoram citar as Olimpíadas de 1992 em Barcelona [naEspanha] e esquecem que o mesmo evento 'quebrou' a Grécia", pontua.
Segundoo economista, mais do que os gastos em estádios e infraestrutura para a Copa doBrasil, que devem girar em torno de R$ 30 bilhões, o que mais chama a atençãosão os recursos a "fundo perdido", originários de investimentogovernamental. "O que se discute muito e origina os protestos não é omontante gasto ou o resultado disso, mas, sim, as inúmeras promessas nãocumpridas, principalmente de infraestrutura, e a absurda redução daparticipação privada no evento, sendo esta uma das [Copas] mais caras e commaior 'share' [participação] estatal de todas", critica Vieira.

Fonte:G1
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