Nesteano, a meta é aplicar R$ 7 bilhões em novos projetos, a maior parte do montantenas empresas de construção, apurou a Folha.
Todasas maiores empreiteiras do país já foram procuradas para que apresentempropostas, mas os executivos da Caixa Econômica Federal, que tem a gestão dofundo, olham alguns segmentos com mais interesse.
Namira, estão os negócios de energia da Queiroz Galvão, os de saneamento erodovias da Galvão, a concessionária de rodovias CCR, que tem como acionistasAndrade Gutierrez e Camargo Corrêa, e a Invepar, controlada pela OAS e que atuano segmento de rodovias e aeroportos.
Ajustificativa dos gestores da Caixa é que a concentração de investimentos naOdebrecht, concorrente direta dessas empreiteiras, ficou muito alta. No total,o fundo já investiu R$ 26,9 bilhões, mas há autorização para aplicar até R$ 40bilhões.
AOdebrecht é de longe a companhia que mais foi beneficiada com aportes. Nosúltimos quatro anos, foram R$ 3,8 bilhões autorizados para empresas do grupo.Isso representa 9,5% dos recursos que o fundo tem a sua disposição parainvestir.
AOAS, vice-líder, recebeu investimentos de apenas R$ 1,2 bilhão ou 2,6% dototal.
Apesarde já ter autorização para aumentar o volume de recursos aplicados,diversificar a carteira pode não ser tarefa tão simples.
Alémde enquadrar as empresas nas exigências do fundo –que só pode injetar dinheiroem projetos de infraestrutura–, os técnicos da Caixa dependem do aval do Comitêde Investimento, que é politizado e conta com representantes de governo,empregadores e trabalhadores.
Ocomitê, por exemplo, negou dois projetos da Petrobras que a Caixa haviaselecionado, entre eles um investimento no Comperj. A ideia é reapresentá-loseste ano.
Àespera de aprovação estão ainda a injeção no Estaleiro Atlântico Sul, daCamargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, e na empresa de saneamento Estre.
Esseúltimo investimento causou reação da Odebrecht, que passou a alertar osconselheiros sobre conflito de interesses. O FI-FGTS já investe na Odebrecht Ambiental,concorrente da Estre.
RISCOPOLÍTICO
Aaposta em despejar bilhões em ano eleitoral em empreiteiras é arriscada doponto de vista político, avaliam funcionários do banco ouvidos pela Folha.
Elesargumentam que a escolha seguirá critérios técnicos, mas sabem que, como asconstrutoras costumam ser doadoras de campanha, o movimento pode ser interpretadocomo uma forma de favorecê-las financeiramente.
Internamente,contudo, a principal preocupação é não colocar dinheiro em novos"micos". Em 2010, ano da última corrida presidencial, o fundo aplicouR$ 900 milhões no Grupo Rede, dono de distribuidoras de energia, e na NovaCibe, empresa criada pelo grupo Bertin para a construção termelétricas.

Asduas empresas quase quebraram. Procurada, a Caixa não quis dar entrevista.(Fonte: Folha.com)
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