Osecretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José MiguelInsulza, advertiu neste domingo (1º) que a desigualdade existente na América doSul "prejudica a democracia".
Aoparticipar de um dos eventos que antecedem a assembleia geral do organismo, quevai de terça (3) a quinta-feira (5) em Assunção, Insulza disse que a regiãomudou muito "para melhor" nos últimos anos, em termos de crescimentodemocrático e econômico, mas ressaltou que o progresso não foi completo.
"[Osavanços] não converteram nossos países em sociedades mais igualitárias. Pelocontrário, ainda prevalece um alto grau de injustiça na distribuição da riquezae no acesso aos bens sociais, uma desigualdade que é de tal dimensão que inclusivedanifica nosso tecido democrático."
Otema da assembleia geral, que reunirá 28 chanceleres e altos dirigentes detodos os países do continente, à exceção de Cuba), é Desenvolvimento comInclusão Social.
Insulzalembrou que a desigualdade é um problema "de todas as regiões daAmérica" e "um obstáculo para a eficaz realização da agendademocrática", que inclui a defesa dos direitos humanos.
Osecretário-geral falou na abertura de uma conferência sobre direitoseconômicos, sociais e culturais, organizada pela Comissão Interamericana deDireitos Humanos, órgão autônomo da OEA, que está definindo a metodologia e aárea de trabalho da futura Relatoria Especial sobre Direitos Econômicos,Sociais e Culturais.
Oencarregado do tema na comissão, o brasileiro Paulo Vannuchi, disse que acriação da relatoria "responde a uma persistente demanda das organizaçõesda sociedade civil e dos estados".
SegundoVannuchi, o objetivo será que a comissão não se ocupe apenas de receberpetições sobre violações de direitos humanos, mas também de promovê-los emáreas como saúde, trabalho, seguridade social e alimentação.
Emsua jornada em Assunção, Insulza recebeu de uma delegação de representantesindígenas do Paraguai um documento sobre sua situação no país. O documento foiacordado entre diferentes comunidades nativas paraguaias e a Comissão deDireitos Humanos da Câmara dos Deputados. (Fonte: Agência Brasil)


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