Atado Copom mostra que manutenção dos juros em 11% teve o baixo crescimento daeconomia como principal motivo. Governo acredita que as sucessivas altas daTaxa Selic ainda surtirão efeito na inflação ao longo deste ano
Ofraco desempenho da economia fez com que o Banco Central admitisse, pelaprimeira vez, que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será menor que o de2013. O medo de uma queda ainda mais intensa do PIB ficou claro ontem, com adivulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da últimasemana, que decidiu pela manutenção da Selic em 11% ao ano. O documento diz queo ritmo de expansão da atividade econômica “tende a ser menos intenso esteano”. Dados revisados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)mostraram crescimento de 2,5% em 2013.
Aata do Copom sinaliza que, mesmo diante de uma carestia persistentementeelevada, que beira estourar, até dezembro, o teto da meta de inflação, de 6,5%,é o fraco desempenho do PIB, com alta estimada pelo mercado em pouco mais de 1%este ano, que mais preocupa o governo neste momento.
Parao estrategista-chefe para o Brasil do banco japonês Mizuho, Luciano Rostagno,não há dúvidas de que a débil atividade doméstica foi a principal razão portrás da decisão do BC, na semana passada, de interromper a alta de juros. “Emprimeiro lugar, o Banco Central reconhece que a atividade está mais fraca doque no ano passado. Então, apesar de esperar que a economia continue se movendoem direção a uma combinação saudável entre menos consumo e mais investimentos,ele parece indicar que essa mudança está acontecendo mais lentamente do que oprevisto”, assinalou.
Atéabril, o BC cravava que o crescimento econômico tenderia a se manter“relativamente estável este ano”. A previsão era considerada excessivamenteotimista pelo mercado, que, já naquele mês, apostava numa alta de apenas 1,6%do PIB em 2014. Na semana passada, após a divulgação pelo IBGE do crescimentode 0,2% no primeiro trimestre, essas estimativas caíram ainda mais. Maior bancoprivado do país, o Itaú, por exemplo, revisou sua projeção de 1,4% para 1%.
Tarifas

OBanco Central manteve em 5% a projeção de reajuste dos preços administrados em2014. A estimativa leva em conta as variações ocorridas, até abril, na gasolina(1,8%) e no gás de bujão (0,5%). Também considera a possibilidade de redução de4,2% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 11,5% nas de eletricidade.Para 2015, os preços administrados deverão subir 5%, a mesma projeção feita naata do Copom de abril. (Fonte: Correio Braziliense)
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