A TED (Transferência Eletrônica Disponível) ganhou novo valor mínimo em julho. A partir deste mês, é possível fazer transferências que compensem no mesmo dia a partir de R$ 750. Antes, o piso era de R$ 1.000.

A mudança traz vantagens aos clientes, uma vez que o antigo valor mínimo era mais alto. O empecilho dessa modalidade de depósito está no alto custo da taxa de transferência - que varia de banco para banco, mas gira em torno de R$ 14. Os valores podem ser consultados no site da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).

A transação deveria custar menos, já que ela pode ser feita de forma absolutamente eletrônica, sem interferência de funcionários.

O Brasil, em geral, tem um sistema de pagamento bastante moderno em relação a outros países, mas ainda temos muito a avançar. O ideal seria que qualquer transação saísse de uma conta e entrasse na outra - sem um intervalo em que o dinheiro fica literalmente "nas mãos" dos bancos. Não podemos ignorar que temos a maior taxa de juros do mundo e uma inflação alta, ainda que controlada.

Segundo a Febraban, o valor mínimo da TED tem como objetivo evitar que haja uma "sobrecarga do sistema de pagamento" e "compensação das transações financeiras". Com os bancos batendo recordes atrás de recordes no faturamento, talvez seja a hora de investir mais no "sistema" para que não haja sobrecarga mesmo sem existir um valor mínimo.

De certa forma, o correntista brasileiro possui tecnologia para evitar andar com dinheiro em mãos. O problema é que ele paga muito caro por isso Sem dúvida, a diminuição do limite mínimo é um passo importante de uma longa caminhada para serviços bancários com preços mais competitivos.
(Fonte: Folha.com)
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