O tempo não pára! Já estamos na segunda quinzena de julho, às vésperas de mais uma campanha salarial, e com ela a expectativa de corrigir o que o bancário julga necessário no ambiente de trabalho e de ampliar os direitos coletivos da categoria, além da obtenção de conquistas no campo econômico na perspectiva da reposição das perdas salariais acumuladas ao longo de anos.

A campanha salarial é o ápice de uma mobilização que deve ser diária e sempre que a situação exigir. No BNB, por exemplo, são muitas as demandas não solucionadas, muitas das quais empurradas para as campanhas salariais subsequentes e/ou inseridas nos acordos coletivos na tentativa de “acalmar os ânimos”, sem que, no entanto, sejam cumpridas. Exemplos são muitos. O que dizer da instalação do ponto eletrônico definitivo e eficaz? Anos e anos de espera, implantação de “faz-de-conta” e, no final, um item a mais do acordo coletivo. E o vale-cultura, já implementado em outras instituições, e que no BNB ainda não é realidade?

Debate de idéias, discussões, trocas de experiências são sempre positivas desde que avancem, que tragam de fato contribuições pertinentes e que sejam executadas. No BNB, no entanto, existe a prática de levar vários assuntos para as chamadas “mesas permanentes” ou para grupos de trabalho sem resultado concreto. É assim com a previdência, saúde, com o plano de cargos, plano de função, isonomia etc. Portanto, uma pauta extensa de reivindicações é o reflexo da ausência de uma política de recursos humanos adequada.

O trabalhador não suporta mais essa situação! Por isso mesmo não aceita que todo o esforço, empenho e desgaste de uma greve se converta apenas em mero percentual de reajuste salarial. Se necessário (como tem sido), façamos greve, sim; mobilizemo-nos, sim! Por melhoria salarial e muito mais! Por isonomia de tratamento, igualdade de condições no acesso às concorrências, por respeito no dia a dia das relações de trabalho, pelo fim do assédio moral, por condições dignas de trabalho, por uma aposentadoria digna, por um plano de saúde que dê tranquilidade na hora da necessidade - e não dor de cabeça constante, pelo fim do trabalho gratuito, por um plano de cargos digno, pelo restabelecimento do viés desenvolvimentista no BNB.

As conferências nacionais dos bancários ocorrem no final de julho e início de agosto. Além disso, outros encontros regionais e estaduais estão debatendo conjuntura e estratégias de ação para a campanha. Fiquemos atentos, mobilizados e preparados para mais uma campanha salarial. A AFBNB reitera que a campanha tem que ser coerente, ativa e que as estratégias traçadas preparem os trabalhadores para o enfrentamento com os patrões, públicos e privados, sem vacilos, sem capitulação e sem traição de classe que têm, lamentavelmente, marcado as últimas campanhas salariais. Nesse sentido, a Associação reitera que estará atuando prontamente junto à base em todos os foros necessários, participando das mobilizações, com informações atualizadas e cobranças de resultados para as bandeiras históricas da categoria.
Fonte: AFBNB
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