Hoje, o Brasil tem 12 milhões de trabalhadores terceirizados, que recebem salários inferiores àqueles contratados diretamente pela empresa e com as mesmas funções. Portanto, estão mais sujeitos a acidentes e a violação de direitos trabalhistas.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2010, os terceirizados recebiam, em média, 27% a menos do que os contratados diretos, tinham uma jornada semanal 7% maior e permaneciam menos tempo no mesmo trabalho, cerca de 2,6 anos, ante 5,8 anos dos demais.

Outro dado alarmante. Dos 40 maiores resgates de trabalhadores em condições análogas à escravidão nos últimos quatro anos, 36 envolviam empresas terceirizadas, segundo o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp.

As doenças e mortes entre os terceirizados também são mais frequentes. Na construção de edifícios, por exemplo, 55,5% dos óbitos foram de terceirizados em 2013. Apesar de todo mal que causa, o setor empresarial pressiona para aprovar o projeto de lei 4330, que legaliza a terceirização em todas as atividades dos setores privado e público.

No final do ano passado, graças à forte pressão do movimento sindical, a votação foi suspensa. Mas, o risco agora volta, já que a liberação da prática está no programa de governo de uma candidata à presidência da República.

Fonte: Portal Sindicato dos Bancários - Seeb/BA
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