CAIXA APRESENTA CONTRAPROPOSTA DE 7% DE REAJUSTE A Caixa Econômica Federal apresentou nesta quarta-feira (24/09) contraproposta de reajuste de 7%, conforme ofertado na sexta-feira passada (19/09) na mesa de negociação FENABAN. A íntegra da proposta do Banco, você lê abaixo. A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação rejeitou a proposta e ainda encontra-se reunida em Brasília-DF. Logo mais, repassaremos os detalhes da macha de negociação.

PROPOSTA CAIXA – MESA ESPECÍFICA

1) A CAIXA acompanhará o índice proposto pela FENABAN para o reajuste salarial e cláusulas econômicas.

2) Renovação da cláusula referente à referência de ingresso (2) e enquadramento após a conclusão do contrato de experiência (3).

3) Manutenção, no Saúde CAIXA, da condição de dependente indireto a filhos (as) / Enteados (as) com idade entre 21 e 27 anos incompletos que não possuam qualquer renda superior a R$ 1.800,00. (Será excluída a renda proveniente de pensão alimentícia). 4) Manutenção, no Saúde CAIXA, na condição de dependente direto, os filhos (as) portadores (as) de deficiência permanente e incapazes, com idade superior a 27 anos, enquanto solteiros e sem renda proveniente de salário.

5) Renovação da cláusula que garante a isenção de anuidade dos cartões de crédito CAIXA Mastercard e Visa a seus empregados.

6) Manutenção do enquadramento dos empregados, no programa de relacionamento para redução dos juros do cheque especial.

7) Para efeito de ausência permitida (letra L da cláusula) para levar filho ou dependente menor ao médico, será elevada a idade para até 18 (dezoito) anos e incluído o enteado (a).

8) A CAIXA manterá a sistemática de suplementação do auxílio doença pago pelo INSS.

9) A CAIXA renova a cláusula em que considera como de efetivo exercício os primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde do empregado.

10) Será mantida a garantia da titularidade da Função Gratificada ou Cargo em Comissão, pelo período da licença para tratamento de saúde – LTS – ou licença por acidente de trabalho – LAT, até o limite de 180 dias.

11) Será oferecida isenção de tarifas de Conta Corrente, referente a: renovação de Cheque Especial; confecção de cadastro para início de relacionamento; fornecimento de 2ª via de cartão com função de débito; fornecimento de folhas de cheque; saque (pessoal, terminal de autoatendimento e correspondente); DOC (pessoal, eletrônico e Internet); extrato mês e movimento (pessoal, eletrônico e correspondente); TEV ( pessoal, eletrônico e Internet); emissão de certificado digital, e de ADEP, para empregados, aposentados e pensionistas, exclusivamente, na conta corrente onde o salário ou provento é creditado.

12) Será garantido ao empregado a continuidade da licença maternidade, até o término do período previsto inicialmente, em caso de falecimento da mãe e sobrevida do filho.

13) A CAIXA propõe reescrever a cláusula referente a Licença Adoção, facultando a qualquer dos adotantes o gozo da licença, incluindo, ainda os 60 dias concedidos pelo programa “Empresa Cidadã”. O outro adotante poderá gozar o período equivalente a Licença Paternidade.

14) Serão oferecidas bolsas de incentivo a elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.

15) A CAIXA disponibilizará, aos seus empregados, o acesso ao portal da Universidade CAIXA, pela Internet.

16) Ampliação para até 3 (três) dias do descanso remunerado para os empregados que cumprirem 1 ciclo de trabalho em Agências Barco.

PROPOSTA CAIXA – MESA ESPECÍFICA 24/Setembro/2014

NOVA REDAÇÃO – LICENÇA ADOÇÃO

No caso de adoção ou guarda judicial a CAIXA concederá licença remunerada ao empregado adotante, pelo período de 180 (cento e oitenta) dias, nos termos da lei nº 12.873, de 24/10/2013.

Parágrafo Primeiro - A Adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-adoção a apenas um dos adotantes ou guardiães, ambos empregados CAIXA ou não.

Parágrafo Segundo – No caso de ambos os adotantes serem empregados CAIXA, será concedida licença de 10 (dez) dias consecutivos ou não, inclusive o de registro, dentro de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data do evento, ao empregado adotante que não gozar a licença adoção.

Parágrafo Terceiro - Para fins de concessão dessa licença, poderá ser considerado como documento hábil o Termo de Guarda, Sustento e Responsabilidade, ainda que em caráter provisório, desde que nele conste a finalidade de abertura de processo de adoção.

Parágrafo Quarto - Durante os dias de gozo da licença adoção o (a) empregado (a) não pode exercer qualquer atividade remunerada e a criança não pode ser mantida em creche ou organização similar, salvo nos casos de contrato de trabalho simultâneo firmado previamente ao início da licença maternidade.

Parágrafo Quinto - No caso de adoção de mais de uma criança, simultaneamente, o período das licenças adoção e paternidade permanece inalterado.

Aumento da Selic, spread e tarifas turbinam lucro dos grandes bancos

Mesmo com pequena expansão nas operações de crédito, os seis maiores bancos que operam no país (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Federal, Santander e HSBC) apresentaram lucro líquido conjunto superior a R$ 28,4 bilhões no primeiro semestre de 2014, um crescimento de 14,3% comparado ao mesmo período do ano passado, graças sobretudo ao aumento dos spreads, da taxa Selic e das tarifas. Os dois grandes bancos privados nacionais tiveram lucros recordes e rentabilidade acima de 20%. E exceto a Caixa, as outras cinco instituições fecharam postos de trabalho, na contramão da economia brasileira.

Esses são os principais destaques da sexta edição do estudo Desempenho dos Bancos, produzido pelo Dieese-Rede Bancários.

O maior lucro líquido foi do Itaú (R$ 9,5 bilhões), um salto de 33,2% em relação ao primeiro semestre de 2013, seguido pelo Bradesco (R$ 7,3 bilhões), crescimento de 22,9%. O BB lucrou R$ 5,4 bilhões (incremento de 2,2%) e a Caixa R$ 3,4 bilhões (alta de 7,9%). Já os dois bancos estrangeiros tiveram queda nos resultados: o Santander teve lucro líquido de R$ 2,86 bilhões (redução de 2,2%) e o HSBC apresentou resultado negativo de R$ 16,3 milhões.

O total dos ativos dos seis maiores bancos atingiu R$ 5,1 trilhões em junho último, crescimento de 10,2% em 12 meses, o que representa mais de 80% de todo o sistema financeiro nacional. A Caixa merece destaque, com crescimento de 18,2% dos ativos. Já o patrimônio líquido (capital próprio) das seis instituições cresceu 12,4%, alcançando a marca de R$ 331,3 bilhões.

O Bradesco teve uma rentabilidade líquida (retorno sobre patrimônio líquido) de 20,7% e o Itaú de 23,1% no primeiro semestre - o dobro da média do sistema financeiro norte-americano, que em 2012 foi de 9,93%, segundo estudo da Economática. A rentabilidade da Caixa foi de 22,1%, a do BB de 15,3% e do Santander 11,3%.

Operações de crédito e impactos da Selic
As carteiras de crédito das seis instituições cresceram 13,3% no período, totalizando R$ 2,56 trilhões, puxadas sobretudo pela Caixa Federal, que apresentou expansão de 28%.

Depois das operações de crédito, a segunda maior fonte de receita do sistema financeiro vem dos títulos e valores mobiliários - a que mais cresceu percentualmente no primeiro semestre. Os bancos são detentores de 30% dos títulos públicos federais. Com o aumento da taxa Selic a partir de abril de 2013, as receitas com os juros da dívida pública dos seis maiores bancos crescem em média 35,7% nos primeiros seis meses do ano.

Os sucessivos aumentos da taxa Selic também elevaram os spreads bancários, que eram de 10,9 pontos percentuais em junho de 2013 e saltou para 12,7 pontos percentuais em junho deste ano.

Outra fonte de receita dos bancos foi com os depósitos compulsórios, que são parcialmente remunerados pela Selic. Essas aplicações cresceram em média 56,2% entre junho de 2013 e junho de 2014.

Prestação de serviços X despesas de pessoal
Segundo o estudo do Dieese, a estratégia dos bancos privados nos últimos anos buscou aumentar os ganhos operacionais mediante elevação das receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias e redução de despesas, principalmente de pessoal.

As receitas dos seis grandes bancos com tarifas e prestação de serviços aumentaram 9,7% nos 12 meses anteriores a junho de 2014. Com isso, acentua-se a tendência de essas receitas cobrirem cada vez com maior folga os gastos com a folha de pagamento. No BB, essa relação é de 117,08%, no Bradesco de 154,84% e no Itaú de 167,44%.
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