Na ultima rodada de negociação da Campanha 2014, realizada neste sábado 27 em São Paulo depois de as assembleias massivas em todo o país terem decretado greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira 30, a Fenaban apresentou uma nova proposta, que a Comissão Nacional dos Bancários já considerou insuficiente, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos. Além disso, a proposta ignora completamente as reivindicações sobre emprego, condições de trabalho, principalmente metas abusivas e assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades. Conforme orientação da Comissão Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC), sindicatos de bancários em todo o país realizaram assembleias na noite de quinta-feira (25), rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (19) e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30).

Os funcionários dos bancos públicos também rejeitaram as propostas feitas pelas instituições para as pautas de reivindicações específicas.

Queremos mais e reivindicamos um reajuste de 12,5%, piso do Dieese (R$ 2.975,49) e PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247, dentre outras demandas econômicas, assim como avanços no emprego e nas condições de saúde, segurança e trabalho, além de igualdade de oportunidades.

Reivindicamos o fim das demissões imotivadas, da rotatividade e das terceirizações, bem como o fim das metas abusivas, do assédio moral e das discriminações, além de mais segurança contra assaltos e sequestros, entre outros pontos”, salienta o dirigente sindical.

Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, sobretudo pelo empenho e à produtividade dos bancários. Mas os banqueiros só valorizam os altos executivos e não querem atender as reivindicações da categoria.
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