Os bancários do Rio do setor privado reafirmaram a unidade nacional e seguiram a orientação do Comando Nacional, aprovando a proposta dos bancos e encerrando a greve, na assembleia realizada ontem, dia 6. Para a presidenta em exercício Adriana Nalesso (foto), não é a extensão da greve que garante necessariamente conquistas numa campanha salarial. "A proposta possui avanços e a campanha nacional é vitoriosa com uma greve curta porém forte. Isto é eficiência. Além dos ganhos no item da remuneração, os bancos aceitaram proibir a cobrança de metas e ou outro tipo de pressão via celular, torpedo ou através de qualquer ferramenta tecnológica avançaram na reabilitação profissional", afirma.

A nova proposta

O índice de reajuste para salários, PLR, vale-alimentação e auxílios é de 8,5% (aumento real de 2,02%). Para o piso, 9% (ganho real de 2,5%). O vale-refeição será reajustado em 12,2%, o que significa 5,5% de aumento real, elevando o valor dos atuais R$ 23,18 para R$ 26 ao dia. O vale-alimentação passa de R$ 397,36 ao mês para R$ 431,16, mesmo valor da 13ª cesta. Todos os valores serão pagos retroativos a 1º de setembro, data base da categoria.

PLR no HSBC

O HSBC teve prejuízo no primeiro semestre de 2014, o que levaria seus funcionários a não ganhar PLR. Mas a pressão dos sindicatos e da greve garantiu uma proposta de R$ 3 mil de participação nos resultados para todos os funcionários do banco.

Dias parados

Não haverá desconto dos dias parados. Para quem tem jornada de seis horas, seria compensada uma hora por dia de 15 a 31 de outubro. Para os que trabalham oito horas, compensação de uma hora por dia entre 15 de outubro e 7 de novembro.

BB

Por ampla maioria a assembleia dos funcionários do Banco do Brasil aprovou a proposta apresentada pelo banco na negociação da sexta-feira (3). O tripé fim do banco de horas (hora extra feita, hora extra paga), reajuste de 9% no piso salarial e substituições dos gerentes de módulo na Plataforma de Suporte Operacional foi decisivo na aceitação da proposta.

Caixa

Em uma assembleia que lotou o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ontem à noite, os empregados da Caixa Econômica Federal (CEF) aprovaram a proposta de acordo específico feita pela empresa, após a greve nacional dos bancários que durou sete dias. A paralisação arrancou um bom acordo que garante 9% de reajuste (2,49% de aumento real) em todos os níveis das tabelas salariais de cargo efetivo.

Este índice chegará a 11,55% em janeiro, quando serão acrescidos aos salários de todos os empregados com no mínimo 180 dias de efetivo exercício um delta de 2,34% a título de promoção por mérito, para quem o acordo foi vitorioso graças à força da greve. Foi assegurado, ainda, um reajuste de 12,2% no vale refeição, a contratação de mais dois mil empregados até dezembro de 2015, a ampliação do vale-cultura para quem tem vencimento igual ou inferior a oito salários mínimos e o pagamento de 100% de horas extras realizadas nas agências com até 20 empregados, inclusive os tesoureiros (70% do total de agências), além da PLR Social de 4% do lucro líquido.

A compensação dos dias parados será feita na forma de uma hora por dia, de 15 de outubro a 31 de outubro, para os que trabalham seis horas; e de 15 de outubro a 7 de novembro para os de jornada de oito horas. O que não for compensado após estes prazos será zerado. A assembleia aprovou moção contra a implantação da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). A Caixa queria impor o programa, mas graças à greve aceitou discuti-lo com o movimento sindical bancário. (Fonte: SEEB Rio)
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